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América Latina

FAO avaliará danos na agricultura e alimentação no Haiti

15 jan 2010 - 10h17
(atualizado às 11h00)
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Uma equipe de especialistas da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) viajarão ao Haiti para avaliar os danos do terremoto no setor agrícola e na segurança alimentar do país.

infográfico info terremoto tremor haiti
infográfico info terremoto tremor haiti
Foto: Reuters

O diretor da FAO, Jacques Diouf, informou hoje, em uma nota, que os especialistas do organismo farão parte de uma equipe da ONU que está se preparando para viajar ao Haiti.

A FAO, acrescenta a nota, "desempenhará também seu papel no trabalho de reabilitação e reconstrução durante as próximas semanas e meses".

"Continuaremos ajudando a produção alimentícia do Haiti, de modo que os devastadores efeitos do terremoto não aumentem a fome na capital e em outros lugares", acrescentou Diouf.

O diretor ressaltou "a necessidade urgente de restabelecer as infraestruturas dos pequenos camponeses e criar projetos de agricultura urbana para fornecer alimentos, esperança e tratamento às vítimas".

Mas acrescentou que "a prioridade a curto prazo é a de salvar vidas e oferecer assistência de saúde e abrigo".

Na nota, Diouf se mostrou "profundamente impressionado e entristecido pelo sofrimento e devastação de proporções apocalípticas" que está presenciando no Haiti.

O terremoto de 7 graus na escala Richter aconteceu às 19h53 de Brasília da terça-feira e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, a capital do país. A Cruz Vermelha do Haiti estima que o número de mortos ficará entre 45 mil e 50 mil.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro do país, Jean Max Bellerive, havia falado de "centenas de milhares" de mortos.

Terremoto

Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Haitianos desesperados bloquearam as ruas com barricadas feitos com os corpos em uma parte de Porto Príncipe para exigir assistência mais rápida após o desastre. Corpos estavam espalhados por toda a cidade, e pessoas cobriam o nariz com panos para evitar o odor da morte. Cadáveres eram carregados em caminhonetes e entregues ao hospital central de Porto Príncipe.

Morte de brasileiros

A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, e militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto no Haiti.

O ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o Haiti após o terremoto que devastou o país nesta terça-feira. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.

O Brasil no Haiti

O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

EFE   
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