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América Latina

Ex-presidentes sul-americanos são impedidos de visitar políticos presos na Venezuela

29 mai 2015 - 20h11
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Autoridades venezuelanas impediram nesta sexta-feira que dois ex-presidentes latino-americanos visitassem dois líderes opositores presos há um ano por incitarem uma onda de violentos protestos contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Lilian Tintori (c), mulher do líder da oposição venezuelana Leopoldo López, concede entrevista coletiva em Caracas, na Venezuela. 26/05/2015
Lilian Tintori (c), mulher do líder da oposição venezuelana Leopoldo López, concede entrevista coletiva em Caracas, na Venezuela. 26/05/2015
Foto: Carlos Garcia Rawlins / Reuters

Os ex-presidentes conservadores Andrés Pastrana, da Colômbia, e Jorge Quiroga, da Bolívia, foram barrados de entrar nas prisões onde o opositor Leopoldo López e o ex-prefeito Daniel Ceballos aguardam suas condenações, o que consideraram uma violação aos direitos humanos.

"É a segunda vez que não nos deixam passar, mas quem se cansa, perde. E estaremos aqui novamente", disse Pastrana a jornalistas do lado de fora do presídio militar Ramo Verde, próximo a Caracas, referindo-se a uma visita que tentou fazer no fim de janeiro, quando também não foi permitida sua entrada.

López, de 44 anos, faz uma greve de fome desde sábado passado para exigir a libertação do que classifica como presos políticos e por conta da transferência de Ceballos para outra prisão.

"Uma vez mais são provas de Leopoldo López está sequestrado. A ordem de não nos deixar passar vem de cima", disse Lilian Tintori, mulher do político, garantindo que ele continuará em greve de fome até que seus pedidos sejam atendidos.

Horas antes, a comitiva dos ex-presidentes e as mulheres de ambos políticos presos tentaram visitar Ceballos, detido numa prisão civil dos Estado central de Guárico, mas também não conseguiram.

O ombudsman venezuelano, Tarek William Saab, considerou nesta sexta-feira que os ex-presidente estão fazendo "campanha internacional" contra a Venezuela.

"Agora vem dar aula de direitos humanos ao nosso país... um estrangeiro não tem moral, nem ética, seja ele um ex-presidente, para fazer campanha de qualquer tipo", disse Saab em entrevista coletiva.

"Isso é uma revolta, um barulho que se soma a esta guerra midiática de nosso país", acrescentou.

(Reportagem de Diego Oré)

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