PUBLICIDADE

América Latina

Argentina: Menem é responsabilizado por explosão em fábrica militar

13 ago 2013 - 19h43
(atualizado às 20h55)
Compartilhar
Exibir comentários

A Justiça argentina indiciou pela segunda vez o ex-presidente Carlos Menem (1989-1999) por sua suposta responsabilidade em uma explosão registrada em 1995 em uma fábrica militar na província de Córdoba, informaram nesta terça-feira fontes judiciais à agência oficial Télam.

Menem já tinha sido processado por esse mesmo caso, mas a resolução judicial foi revogada em 2010 pela Câmara Federal de Cassação Penal, que considerou que o possível delito já tinha prescrito.

No entanto, no último dia 20 de março, a Suprema Corte da Argentina rejeitou a solicitação de prescrição da causa, como pedia a procuradoria.

A prescrição tinha sido colocada pelos defensores dos ex-militares Jorge Antonio Cornejo Torino e Marcelo Diego Gatto, antigos chefe e subdiretor da fábrica militar de Rio Tercero, respectivamente, processados por suposto dano doloso agravado pela morte de pessoas.

Na ocasião, sete pessoas morreram e 30 ficaram feridas na explosão ocorrida na Fábrica Militar de Rio Tercero no dia 3 de novembro de 1995, supostamente como parte de uma manobra para encobrir a falta de apetrechos militares que tinham sido enviados ilegalmente da Argentina a Equador e Croácia entre 1991 e 1995.

A explosão destruiu uma centena de casas e ocasionou perdas de US$ 25 milhões na cidade.

O ex-presidente argentino foi sentenciado no último mês de junho a sete anos de prisão por contrabando agravado de armas a Croácia e Equador entre 1991 e 1995, mas, por sua condição de senador, não terá que ingressar, por enquanto, na prisão.

Menem também está sendo processado junto com antigos chefes de segurança e um ex-juiz por supostamente "encobrir" os autores do atentado com explosivos que no dia 18 de julho de 1994 deixou 85 mortos e centenas de feridos na sede do consorciado judaico Amia, em Buenos Aires.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade