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América Latina

Ex-presidente guatemalteco Portillo se declara inocente nos EUA

28 mai 2013 - 21h31
(atualizado às 21h35)
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O ex-presidente guatemalteco Alfonso Portillo (2000-2004) se declarou nesta terça-feira inocente a um juiz federal americano das acusações por lavagem de dinheiro, durante uma audiência realizada em Nova York quatro dias depois de sua extradição.

"Sim", disse Portillo com uma voz quase inaudível quando o juiz Robert Patterson perguntou-lhe se era inocente do crime de conspiração para lavar "dezenas de milhões de dólares" em bancos americanos durante seu governo, constatou a AFP.

Um de seus advogados, David Rosenfield, anunciou ao juiz que sua equipe apresentará em dez dias ou em duas semanas uma proposta de fiança para tentar de obter a libertação de seu cliente durante o julgamento.

Extraditado na sexta-feira da Cidade da Guatemala, o ex-presidente guatemalteco, de 61 anos, está no Centro Correcional Metropolitano de Nova York.

"O ex-presidente Portillo se defenderá de maneira vigorosa das acusações e espera ser declarado inocente aqui, como foi na Guatemala", disse Rosenfield em entrevista coletiva.

Segundo o advogado, Portillo considera o processo extrapola as atribuições do departamento de Estado e do governo americano.

Ao partir da Guatemala, Portillo qualificou sua extradição de "sequestro" e acusou o governo do presidente Otto Pérez de "violar a lei" diante dos recursos pendentes na Justiça guatemalteca.

Portillo é o primeiro ex-governante latino-americano a ser entregue à Justiça dos Estados Unidos. O crime do qual é acusado pode lhe valer uma pena máxima de 20 anos de prisão, segundo a legislação americana.

A data do início do julgamento ainda não foi estabelecida. Segundo os advogados de Portillo, será daqui a "pelo menos um ano".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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