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América Latina

Ex-ministro da Economia lança candidatura à presidência do Peru

2 dez 2010 - 18h54
(atualizado às 19h01)
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O ex-ministro peruano da Economia Pedro Pablo Kuczynski lançou na quinta-feira sua candidatura presidencial para as eleições de 2011, com a promessa de reduzir a pobreza num momento em que o país registra um dos maiores crescimentos econômicos do mundo.

Kuczynski, 72 anos, começou sua carreira no Banco Mundial, antes de tornar-se um importante banqueiro de Wall Street. Foi ministro da Economia e depois primeiro-ministro no governo do ex-presidente Alejandro Toledo (2001-2006). O economista de formação neoliberal anunciou sua candidatura com uma "frente" que inclui figuras de ideologias distintas, desde conservadores e evangélicos até um político que esteve preso acusado de pertencer a uma guerrilha esquerdista.

"Esta frente não é um sancochado... como se tem falado", disse Kuczynski, referindo-se a um prato de comida típica peruana que mescla várias verduras e carnes. "Esta é uma frente que tem raízes profundas no Peru, representa o que é o Peru, representa o que é uma mescla de geografias, de culturas, de ideias", afirmou ele ao anunciar sua candidatura num bairro emergente de Lima, com o apoio de seu grupo político "Alianza por el Progreso".

Segundo pesquisas, o ex-prefeito de Lima Luis Castañeda lidera as intenções de voto com 24%, seguido pela parlamentar conservadora Keiko Fujimori - cujo pai foi condenado a 25 anos de prisão por abusos aos direitos humanos durante seu governo - e o ex-presidente Alejandro Toledo, ambos com 20%.

Em quarto lugar, com 10 por cento, está o líder nacionalista Ollanta Humala, que em 2006 assustou os investidores quando disputou a Presidência com Alan García. A ex-ministra da Economia Mercedes Aráoz aparece na quinta colocação, com 6 por cento das preferências.

A economia peruana cresce a taxas mensais de dois dígitos e fechará o ano com uma expansão de quase 9%, uma das mais altas do mundo. No entanto, o índice de pobreza se mantém alto, em 35%, fazendo com que o país seja um terreno fértil para conflitos sociais.

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