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América Latina

Evo Morales se diz disposto a continuar se dupla reeleição for aprovada

26 set 2015 - 15h38
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou neste sábado que se candidatará em 2019 se a dupla reeleição for aprovada em um eventual referendo, mas, se o resultado for contrário, se retirará da atividade política "contente e feliz".

"Não vou fazer campanha para que digam 'sim'", afirmou Morales em entrevista coletiva que ofereceu hoje na sede da ONU, onde se encontra para assistir a uma cúpula sobre desenvolvimento e participar do debate da Assembleia General a partir da próxima segunda-feira.

O parlamento boliviano, controlado pelo partido de Morales, aprovou hoje em primeira instância a norma que propõe uma reforma constitucional para permitir que o governante volte a ser candidato nas eleições gerais de 2019.

A norma, proposta ao Congresso pelos sindicatos de operários e indígenas ligados ao governo, modifica o artigo 168 da Constituição boliviana para permitir um mandato e duas reeleições consecutivas, ao invés de uma, como fixa atualmente a Carta Magna.

A "disposição final" do projeto de lei estabelece que a reforma será válida se for aprovada em um referendo, que o governo projeta para 21 de fevereiro de 2016.

"Se o povo disser 'sim', então é preciso apresentar-se em 2019, e se diz 'não', contente e feliz, te esperarei em Chapare depois de 2020", comentou Morales, referindo-se ao desejo de, quando deixar a presidência, retirar-se a esse vale central boliviano.

Embora garanta que "não tenta se eternizar" na presidência, a possibilidade que se mantenha no poder está ligada a seu desejo de implementar a "agenda patriótica" até 2025.

O governante boliviano lembrou que depois da última eleição apareceram cartazes com mensagens como "Evo para sempre" e "Evo reeleição indefinida", algo que lhe deixou surpreendido e que, segundo ele, surgia dos desejos de movimentos sociais.

"Estamos acompanhando esses movimentos sociais (...). Talvez se sintam orgulhosos que seu companheiro esteja presente", concluiu.

EFE   
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