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América Latina

Evo Morales apoia Correia e denuncia golpe no Equador

30 set 2010 - 17h28
(atualizado às 21h59)
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, condenou nesta quinta-feira a "conspiração política" no Equador e advertiu para "a clara intenção de culminar em um golpe de Estado" que desaloje o presidente Rafael Correa, a quem manifestou seu apoio em nota entregue à imprensa.

O presidente boliviano, Evo Morales, fala sobre a crise no Equador
O presidente boliviano, Evo Morales, fala sobre a crise no Equador
Foto: Reuters

"Esta vergonhosa conspiração (...) tem a clara intenção de levar a um golpe de Estado que interrompa o processo revolucionário que o povo do Equador vive", escreveu Morales.

"A Bolívia rejeita estes ímpetos golpistas no Equador e ratifica seu apoio total à democracia, ao povo e ao presidente Correa, e anuncia que estará disposta a apoiar de qualquer forma o processo revolucionário que vive a irmã nação equatoriana", acrescentou a nota.

Segundo Morales, "esta é uma nova tentativa de se evitar à força e pela violência, como aconteceu em Honduras, o incontrolável crescimento de mudança revolucionária em toda a América Latina".

Morales é um firme aliado político de Correa, que resiste a um levante de grupos policiais e militares de seu país.

Protestos

Os distúrbios registrados no Equador têm origem na recusa dos militares em aceitar uma reforma legal proposta pelo presidente Rafael Correa para reduzir os custos do Estado. As medidas preveem a eliminação de benefícios econômicos das tropas. Além disso, o presidente também considera a dissolução do Congresso, o que lhe permitiria governar por decreto até as próximas eleições, depois que membros do próprio partido de Correa, de esquerda, bloquearam no legislativo projetos do governante.

Isso fez com que centenas de agentes das forças de segurança do país saíssem às ruas da capital Quito para protestar. O aeroporto internacional chegou a ser fechado. No principal regimento da cidade, Correa tentou abafar o levante. Houve confusão, e o presidente foi agredido e atingido com bombas de gás. Correa precisou ser levado a um hospital para ser atendido. De lá, disse que há uma tentativa de golpe de Estado. Foi declarado estado de exceção no Equador - com militares convocados para garantir a segurança nas ruas. Mesmo assim, milhares de pessoas saíram às ruas da cidade para apoiar o presidente equatoriano.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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