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América Latina

EUA podem enviar mais 12 mil profissionais de saúde ao Haiti

14 jan 2010 - 22h53
(atualizado em 15/1/2010 às 04h15)
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A secretária de Saúde dos Estados Unidos, Kathleen Sebelius, anunciou o envio imediato ao Haiti de mais de 250 profissionais da saúde e a possível viagem de outros 12.000 nos próximos dias. Os profissionais se unirão às equipes humanitárias já enviadas pelos EUA ao Haiti após o devastador terremoto de terça-feira, que deixou dezenas de milhares de mortos, feridos e desabrigados.

Corpos são empilhados nas ruas do Haiti:

"Um grupo de 250 médicos e enfermeiras, de vários pontos do país, encontra-se a caminho do Haiti para fornecer cuidado médico de emergência. Estes especialistas atenderão os feridos e ajudarão a suprir as carências da saúde pública", disse Sebelius em uma nota. A secretária destacou que sua agência enviará mais profissionais da área de saúde para fazer frente à crise humanitária no Haiti, mas não especificou nenhuma data.

O pessoal do Departamento de Saúde, que também transportará mais de dez toneladas de equipamentos e produtos médicos, inclui clínicos gerais, cirurgiões, enfermeiras, paramédicos, técnicos e outros profissionais de estados como Geórgia, Califórnia, Nova Jersey, Massachusetts e Flórida. Paralelamente, especialistas do Centro para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) oferecerão ajuda inspecionando alimentos e água potável no Haiti.

Durante uma entrevista coletiva no Departamento de Estado, o administrador da agência americana para o desenvolvimento internacional (Usaid), Raj Shah, disse que a assistência dos EUA ao Haiti inclui o envio de 250 socorristas e de oito equipes de resgates, entre outros especialistas.

Terremoto

Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. No entanto, devido à precariedade dos serviços básicos do país, ainda não há estimativas sobre o número de vítimas fatais nem de feridos. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.

Morte de brasileiros

A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, e militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto no Haiti.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e comandantes do Exército chegaram na noite de quarta-feira à base brasileira no país para liderar os trabalhos do contingente militar brasileiro no Haiti. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o país. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.

O Brasil no Haiti

O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

EFE   
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