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América Latina

EUA evitam comentar posse de Chávez e pedem processo constitucional

8 jan 2013 - 17h43
(atualizado às 17h50)
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Os Estados Unidos evitaram nesta terça-feira se pronunciar sobre a controvérsia que vive a Venezuela à medida que se aproxima a data de posse do presidente Hugo Chávez e apenas pediram que seja garantido que o processo respeite a Constituição venezuelana.

"Esperamos que qualquer transição na Venezuela seja democrática, legal, constitucional e transparente", disse à Agência Efe o porta-voz para a América Latina do Departamento de Estado, William Ostick.

O porta-voz assegurou que a diplomacia americana não tem comentários por enquanto sobre o que pode envolver a provável ausência de Chávez em Caracas no dia 10, data prevista para a posse presidencial.

A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, limitou-se a dizer que a questão é um "assunto que concerne aos venezuelanos" e pediu que o processo ocorra de uma "maneira que inclua todos". A funcionária afirmou que o processo dever ser feito de "forma justa, transparente e que assegure um clima político com igualdade de condições".

"Estamos observando o debate entre os venezuelanos e nossa principal preocupação é que se escute todas as vozes", argumentou Victoria Nuland em sua entrevista coletiva diária.

Sobre a possibilidade de ocorrerem manifestações violentas em Caracas, a porta-voz afirmou que "o debate tem que ser pacífico e não se deve recorrer em nenhum momento à violência".

O presidente venezuelano se encontra internado em Cuba desde o passado 11 de dezembro, quando foi operado de um câncer situado na região pélvica e cujos detalhes não foram informados oficialmente.

"Obviamente, como com qualquer pessoa, estamos preocupados por sua saúde e lhe desejamos uma pronta recuperação", assegurou Victoria Nuland.

O governo defende que a cerimônia de posse presidencial é um "formalismo" que o presidente pode cumprir posteriormente perante a Suprema Corte.

Por sua vez, a oposição sustenta que o governo conclui seu período constitucional no dia 10 e a partir daí todos os membros do governo, incluído o vice-presidente, Nicolás Maduro, perdem seus cargos, e só o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, poderia assumir as funções de chefe de Estado.

A maior plataforma opositora do país enviou hoje uma carta à Organização dos Estados Americanos (OEA) em que alerta quanto ao risco de "uma grave violação da ordem constitucional" se Cabello não assumir a condução do país na quinta-feira.

Fontes da OEA confirmaram hoje à Efe que o secretário-geral do organismo, José Miguel Insulza, que está no Chile, recebeu a carta, embora não tenham comentado sobre sua posição ou a da instituição sobre a controvérsia.

EFE   
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