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América Latina

EUA evitam comentar impasse e desejam recuperação a Chávez

8 jan 2013 - 16h55
(atualizado às 17h21)
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Os Estados Unidos evitaram nesta terça-feira se pronunciar sobre a controvérsia que vive a Venezuela à medida que se aproxima a data de posse do presidente Hugo Chávez e apenas pediu que seja garantido que o processo respeite a Constituição venezuelana. Além disso, a porta-voz do departamento de Estado, Victoria Nuland, desejou uma "pronta recuperação" ao lider venezuelano.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, em foto de setembro de 2012
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, em foto de setembro de 2012
Foto: AFP

Entenda o impasse na Venezuela

O que aconteceu desde a última partida de Chávez?

Entenda por que o futuro político Venezuela é incerto

Acompanhe a cronologia do caso

10/12: Chávez viaja a Cuba para nova cirurgia

11/12: Operação terminou com êxito, diz vice

18/12: Chávez teve infecção respiratória

30/12: Por complicações, estado segue delicado

04/01: Chávez sofre de "severa infecção pulmonar"

05/01: Aliado de Chávez é reeleito na Assembleia

07/01: Cabello convoca "grande reunião" para posse

Washington acompanha "de perto" as "discussões entre venezuelanos" sobre o futuro político do país e sua preocupação é que "todas as vozes sejam ouvidas", acrescentou Nuland em uma entrevista coletiva à imprensa. "Obviamente estamos preocupados com seu estado de saúde, como seria o caso com qualquer um que sofre o que ele (Chávez) está sofrendo, e o desejamos uma pronta recuperação", disse Nuland. 

Em outra declaração, o porta-voz para a América Latina do Departamento de Estado, William Ostick, disse que os EUA esperam "que qualquer transição na Venezuela seja democrática, legal, constitucional e transparente". O porta-voz assegurou que a diplomacia americana não tem comentários por enquanto sobre o que pode envolver a provável ausência de Chávez no dia 10, data prevista para a posse presidencial.

A declaração de Ostick foi endossada por Nuland.  "Este é um tema que os venezuelanos devem decidir e devem fazê-lo de maneira que sejam incluídas todas as vozes na discussão, e de forma livre", considerou. Washington reconheceu na semana passada que mantém contato com o regime e com a oposição. A porta-voz fez questão de assinalar que "não há explicação para a violência para nenhuma das partes".

Impasse

O presidente venezuelano se encontra internado em Cuba desde o passado 11 de dezembro, quando foi operado de um câncer situado na região pélvica e cujos detalhes não foram informados oficialmente. O governo defende que a cerimônia de posse presidencial é um "formalismo" que o presidente pode cumprir posteriormente perante a Suprema Corte, baseando-se em que a Constituição prevê que em caso de "fato ocorrido" o líder possa jurar diante desse órgão em lugar da Assembleia Nacional.

Por sua vez, a oposição sustenta que o governo conclui seu período constitucional no dia 10 e a partir daí todas os membros do governo, incluído o vice-presidente, Nicolás Maduro, perdem seus cargos, e só o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, poderia assumir as funções de chefe de Estado. A maior plataforma opositora do país enviou uma carta à Organização dos Estados Americanos (OEA) em que alerta quanto ao risco de "uma grave violação da ordem constitucional" se Cabello não assume a condução do país na próxima quinta-feira.

Fontes da OEA confirmaram hoje à Efe que o secretário-geral do organismo, José Miguel Insulza, que está no Chile, recebeu a carta, embora não tenham comentado sobre sua posição ou a da instituição perante a controvérsia.

EFE   
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