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América Latina

EUA e Cuba retomarão diálogo migratório em julho

19 jun 2013 - 17h37
(atualizado às 18h07)
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Estados Unidos e Cuba retomarão no próximo dia 17 de julho um diálogo sobre migração que permanecia estagnado há mais de dois anos, em uma segunda aproximação após as conversas bilaterais sobre o reatamento dos serviços de correio direto que concluíram nesta quarta-feira em Washington.

Segundo informaram hoje fontes do Departamento de Estado, representantes dessa agência se reunirão em Washington com funcionários cubanos no dia 17 de julho "para conversar sobre assuntos migratórios entre Cuba e EUA".

A última rodada de diálogo migratório bilateral foi encerrada em Havana em janeiro de 2011.

"As conversas programadas não representam uma mudança significativa na política americana em relação a Cuba", declaram as fontes, que não esclareceram a razão pela qual as conversas foram retomadas agora.

"Seguir garantindo uma migração segura entre Cuba e EUA é consistente com nosso interesse em promover maiores liberdades e um maior respeito pelos direitos humanos em Cuba", apontaram.

O anúncio coincide com o fechamento de dois dias de reuniões em Washington sobre o possível reinício do serviço postal direto entre os dois países.

No entanto, uma fonte diplomática americana disse à Agência Efe que os dois processos são independentes entre si e a decisão de retomar o diálogo migratório não foi tomada na reunião sobre o assunto postal.

A reunião de 17 de julho "continuará" sobre a base das conversas de Havana em 2011 e tratará temas como "o processamento dos pedidos de refugiados, os vistos de imigrantes" e outros destinados a "facilitar o fluxo regular de migrantes", explicou a mesma fonte.

As últimas negociações estiveram lideradas pela secretária de Estado dos EUA para o Hemisfério Ocidental, Roberta Jacobson, que aproveitou a oportunidade para pedir a libertação de Alan Gross, um contratista americano detido em Cuba em 2009 e condenado a 15 anos de prisão por atividades subversivas.

A condenação de Gross, que Washington considera injusta, e os desacordos em relação ao destino dos cinco cubanos dos quais quatro cumprem pena por espionagem na Flórida, esfriaram nos últimos anos o diálogo entre Washington e Havana.

A base do diálogo migratório está nos acordos migratórios de 1994 e 1995, pelos quais EUA e Cuba se comprometeram a manter uma imigração "segura, legal e ordenada" e a revisar regularmente a implementação desses pactos, indicou o Departamento de Estado.

EFE   
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