Estudantes da Escola Normal Rural de Ayotzinapa, à qual pertenciam os 43 estudantes desaparecidos em setembro no México, entraram em confronto neste sábado com a tropa de choque da polícia na entrada de Chilpancingo, capital do estado sulista de Guerrero.
Os agentes detiveram os estudantes, que viajavam de ônibus, provocando um enfrentamento em que os agentes utilizaram gás lacrimogêneo e os alunos da Normal de Ayotzinapa usaram pedras e paus.
Dois estudantes foram detidos e outros dois ficaram feridos, além de quatro policiais feridos, de acordo com a imprensa.
Em seguida os estudantes se dirigiram para a escola, localizada no município de Tixtla, mas ao passar pelo comando da polícia municipal incendiaram uma patrulha da Secretaria de Segurança Pública e uma ambulância de Defesa Civil.
Vidulfo Rosales, advogado do Centro de Direitos Humanos Tlachinollan, que apoia os familiares dos estudantes desaparecidos em setembro, indicou que "os companheiros foram realizar um ato de protesto em Zumpango, e ao retornar tomaram um ônibus".
"Nos preocupa que haja este tipo de coerção e repressão, argumentando que (as autoridades) estão protegendo os bens da população e acusaram os estudantes de roubo de ônibus, o que segundo a autoridade exigiria uma ação penal por parte do Estado", declarou.
Estudantes da Escola Raúl Isidro Burgos são tidos como desaparecidos.
Foto: Ceteg Acapulco / Facebook
Abel García Hernandez, morador da região de Tecuanapa, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Abelardo Vázquez Peniten, morador de Atliaca, Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Adán Abrajan de la Cruz, vive no bairro de El Fortín, em Tixtla, Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Alexander Mora Venancio, vive na comunidade de El Pericón, em Tecuanapa, Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Antonio Santana Maestro, não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
Benjamín Ascencio Bautista, não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
Bernardo Flores Alcaraz, não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
Carlos Iván Ramírez Villareal, não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
Carlos Lorenzo Hernández Muñoz, morador da Costa, de Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
César Manuel González Hernández, morador de Huamantla, no estado de Tlaxcala.
Foto: proyectoambulante.org
Christian Alfonso Rodríguez Telumbre, morador de Tixtla, Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Christian Tomás Colón Garnica, morador de Tlacolula de Matamoros, em Oaxaca.
Foto: proyectoambulante.org
Cutberto Ortiz Ramos, não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
Doriam González Parral, morador de Xalpatláhuac, em Guerrero, tem um irmão na mesma escola e estavam juntos quando desapareceram
Foto: proyectoambulante.org
Emiliano Alen Gaspar de la Cruz é um dos 20 alunos do primeiro ano do colégio, não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
Everardo Rodriguez Bello é morador de Omeapa, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Felipe Arnulfo Rosa morava na região do Rancho Papa, no município de Ayutla de los Libres, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Giovanni Galindes Guerrero tem 20 anos e não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
Israel Caballero Sánchez é morador da comunidade indígena de Atliaca, que se localiza na metade do caminho entre Tixtla e Apango, municípios de Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Israel Jacinto Lugardo é morador de Atoyac de Álvarez, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Jesús Jovany Rodríguez Tlatempa estudava no primeiro ano do colégio e é morador de Tixtla, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Jhosivani Guerrero de la Cruz, morador de Omeapa, comunidade localizada a 15 minutos da sede do município de Tixtla, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Jonás Trujillo González é morador da Costa Grande, na região de Ticuí, município de Atoyac de Álvarez, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Jorge Álvarez Nava é morador do município Juan R. Escudero, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Jorge Aníbal Cruz Mendoza é morador de Xalpatláhuac, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Jorge Antonio Tizapa Legideño é morador de Tixtla, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Jorge Luis González Parral é o irmão mais velho de Doriam e também morava em Xalpatláhuac, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
José Ángel Campos Cantor tem 33 anos e é, entre todos os desaparecidos, o mais velho. Ele é morador de Tixtla, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
José Ángel Navarrete González, não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
José Eduardo Bartolo Tlatempa é morador de Tixtla, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
José Luis Luna Torres chegou à escola de Ayotzinapa, de Guerrero, diretamente da região de Amilzingo, em Morelos.
Foto: proyectoambulante.org
Julio César López Palotzin é morador de Tixtla, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Leonel Castro Abarca, nasceu na comunidade de El Magueyito, em Tecuanapa, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Luis Ángel Abarca Carrillo é da região da Costa Chica, localizada em San Antonio, no município de Cuautepec, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Luis Ángel Francisco Arzola, não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
Magdaleno Rubén Lauro Villegas chegou à escola de Ayotzinapa depois de deixar a região de La Montaña.
Foto: proyectoambulante.org
Marcial Pablo Baranda é primo de Jorge Luis e Doriam González Parral. Ele fala a língua indígena e nasceu em Xalpatláhuac, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Marco Antonio Gómez Molina é morador de Tixtla, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Martín Getsemany Sánchez García é o quinto de oito irmãos, morador do município de Zumpango, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Mauricio Ortega Valerio faz parte de um povo que se denomina 'Matlalapa o Matlinalapa', localizado na região de La Montaña. Ele se preparava para ser professor bilíngue.
Foto: proyectoambulante.org
Miguel Ángel Hernández Martínez tem 27 anos e não há informações a respeito de sua residência.
Foto: proyectoambulante.org
Miguel Ángel Mendoza Zacarías faz parte de um povo que se autodenomina Apango. Vive no município de Mártir de Cuilapa, em Guerrero.
Foto: proyectoambulante.org
Saúl Bruno García é morador de Tecuanapa, em Guerrero.
Foto: <p>Saúl Bruno García é morador de Tecuanapa, em Guerrero.</p>
Compartilhar
Publicidade
O desaparecimento dos 43 estudantes em 26 de setembro do ano passado por membros do crime organizado e autoridades corruptas provocaram protestos muitas vezes violentos em todo o México e uma crise política em Guerrero que ameaça impedir a realização das eleições no estado, marcadas para 7 de junho.
Os familiares dos desaparecidos lideraram na quinta-feira diversos atos de protesto, incluindo um comício na sede do Instituto Nacional Eleitoral (INE) na Cidade do México, onde uma delegação de parentes se reuniu com membros do Conselho Geral do organismo.
No encontro, os pais entregaram um documento em que colocaram uma série de alternativas às eleições, argumentando que não existem condições para escolher autoridades em Guerrero.
Mais de 83 milhões de mexicanos estão convocados às urnas em todo o país para escolher 1.996 cargos, incluídos 500 deputados federais e os governadores de nove estados, entre eles Guerrero.