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Chilenos voltam a ocupar colégios por melhorias na educação

2 jul 2013 - 00h22
(atualizado às 00h55)
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Dezenas de estudantes do Chile voltaram a ocupar nesta segunda-feira as escolas das quais foram expulsos pela polícia na semana passada, reivindicando educação gratuita e de qualidade, além do fim do lucro nas universidades.

Na madrugada da última quinta-feira, a polícia fez a desocupação de cerca de 20 colégios, onde os estudantes protestavam por melhorias na educação, pois os estabelecimentos seriam utilizados como zonas eleitorais nas eleições primárias presidenciais. Logo após a ação da polícia, os colégios foram entregues às Forças Armadas para que se evitassem novas invasões durante o fim de semana.

Nesta segunda-feira, logo após o final das eleições, os alunos do Liceu Arturo Alessandri Palma, em Santiago, voltaram a ocupar o estabelecimento.

O presidente do diretório de alunos e porta-voz da Coordenadoria Nacional de Estudantes do Ensino Médio (Cones), Moisés Paredes, disse que as Forças Armadas deixaram o estabelecimento às 10h locais (11h de Brasília) e os jovens voltaram ao local uma hora depois.

"Somos cerca de 70 estudantes de educação secundária, falamos com o diretor e não houve problemas com o nosso retorno. Já tínhamos falado com as autoridades para anunciar que uma vez que os militares deixassem o colégio iríamos continuar o movimento", acrescentou Paredes.

O dirigente estudantil garantiu que a mobilização continuará até que o governo cumpra com suas exigências, como a desmunicipalização, a democratização da educação e o fortalecimento da educação técnica e profissional.

O diretor do estabelecimento, René Sporman, classificou a ocupação como "radical e violenta" e insistiu que as autoridades não estavam de acordo com a medida.

Mesmo assim, nesta tarde, jovens moças ocuparam novamente outra escola, o Liceu Carmela Carvajal também em Santiago.

Os estudantes chilenos protestam por educação pública, gratuita e de qualidade que substitua o modelo atual, implantado em 1981 durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

EFE   
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