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América Latina

Costa Rica: escândalo força saída de colaboradores da presidente

17 mai 2013 - 03h04
(atualizado às 04h02)
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A presidente da Costa Rica, Laura Chinchilla, anunciou nesta terça-feira a renúncia de seu chefe de Inteligência e sua assistente pessoal devido ao escândalo gerado após a divulgação de que a governante teria viajado duas vezes em um avião privado de uma empresa fundada por um colombiano supostamente vinculado ao tráfico de drogas.

Em uma rede de televisão, a governante assegurou que a utilização da aeronave citada, de propriedade da empresa THX Energy, foi tramitada de maneira "descuidada, sem mediar os procedimentos e controles para garantir a integridade e segurança".

Laura, que não assumiu nenhuma parcela de responsabilidade dos fatos, assinalou que os erros nos controles de segurança ocorreram por causa dos descuidos de Mauricio Boraschi, agora ex-diretor da Direção de Inteligência e Segurança (DIS), além de vice-ministro da Presidência e Comissário Nacional Antidrogas.

A outra autoridade que perdeu seu cargo foi a assistente pessoal da governante, Irene Pacheco, quem esteve envolvida no contato com a THX.

Ontem, no final do dia, o ministro de Comunicação, Francisco Chacón, anunciou sua renúncia argumentando que tinha sido "enganado" por um dos executivos da THX Energy, que facilitou a aeronave de forma gratuita para duas viagens do governante à América do Sul, a última delas realizada no último fim de semana ao Peru.

Segundo Chacón, o sujeito que se apresentou como Gabriel O'Falan, mas na realidade era Gabriel Morales Fallon, uma figura assinalada pela imprensa colombiana como o testa-de-ferro do reconhecido traficante Juan Carlos Ramírez, o "Chupeta".

Sobre Irene, a governante afirmou que apesar ser uma "colaboradora íntegra e honorável" em sua atuação, no caso do avião "houve falta de coordenação e imprudência".

O ex-chefe da Inteligência, por sua parte, afirmou hoje que nunca teve conhecimento do avião no qual a governante viajou, já que o escritório presidencial não enviou a informação ao DIS, como ditam os protocolos oficiais.

De acordo com a presidente da Costa Rica, o vice-ministro de Segurança, Celso Gamboa, é quem deve ficar à frente da inteligência nacional e da luta contra o tráfico.

EFE   
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