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América Latina

Seguem buscas por desaparecidos na explosão de prédio na Argentina

Explosão de gás que matou dez pessoas e feriu mais de 100

7 ago 2013 - 19h28
(atualizado às 21h19)
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Especialistas em resgates, auxiliados por cães adestrados, continuaram nesta quarta-feira a busca de desaparecidos sob os escombros do edifício que caiu ontem em Rosário, na Argentina, depois de uma explosão de gás que matou dez pessoas e feriu mais de 100.

Segundo as autoridade, 11 pessoas estão desaparecidas desde a explosão e 22 continuam hospitalizadas. Com a esperança de encontrar sobreviventes, as equipes de resgate trabalham há 24 horas na remoção de escombros do prédio.

"Trabalhamos a madrugada toda com sondas, que em alguns momentos davam sinais positivos. Temos os bombeiros da província e seguiremos com a busca de pessoas", explicou o secretário de Defesa Civil da província de Santa Fé, Marcos Escajadillo, à agência oficial "Télam".

Escajadillo explicou que "eram três torres de edifícios e a do meio caiu. Estamos trabalhando ali desde ontem, e há outras brigadas em outros setores, mas o esforço máximo está no meio do impacto".

As investigações sobre a origem da explosão estão centradas em um bombeiro gasista e seu ajudante, que trabalharam no subsolo do local antes do acidente, e que foram detidos na terça-feira.

Segundo o secretário de Segurança da Nação, Sergio Berni, a forte detonação poderia ter acontecido depois de o gasista "tentar realizar uma manobra em um medidor de gás sem cortar a chave do encanamento-mestre, que tem altíssima pressão".

"Aparentemente o gás escapou dos medidores e como é mais pesado viajou para o interior das cocheiras", explicou Berni em declarações logo depois de visitar Rosário.

O porteiro do edifício relatou a imprensa local que o gasista tinha sido enviado pela empresa provedora do serviço, Litoral Gás, de capitais belgas e argentinos, e afirmou que "cometeu um erro grave e o gás vazou".

O encarregado do condomínio explicou que a provisão tinha sido cortada durante algum tempo no imóvel, e que depois foi reestabelecida.

"Não tive tempo de dizer às pessoas que havia voltado (o gás). Me dá muita pena não ter podido ajudar, não ter podido dizer para as pessoas que saíssem porque iam morrer lá dentro", lamentou.

A presidente argentina, Cristina Kirchner, decretou dois dias de luto e visitou hoje o lugar da tragédia e os feridos.

A cinco dias da realização das eleições primárias no país, nas quais se definirão os candidatos para as eleições legislativas de outubro, a tragédia provocou o cancelamento dos atos de encerramento de campanha dos principais partidos políticos.

"Respeitamos o luto nacional", informou em entrevista coletiva o candidato a deputado nacional pela província de Buenos Aires do governante Frente para a Victoria, Martín Insaurralde.

O principal candidato da oposição, Sergio Massa, também suspendeu o ato eleitoral que seria realizado amanhã em San Martín, informou a imprensa local.

EFE   
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