Equatorianos aguardam justiça após 20 anos de luta

No nordeste do Equador, milhões de litros de resíduos tóxicos são encontrados entre as camadas de terra e no leito de riachos que passam no fundo das casas. Os moradores locais afirmam que a empresa americana Texaco, hoje Chevron, é responsável por isso

O petróleo ainda é o principal recurso do país, mas, desde 1992, todas as operações têm controle da estatal Petroecuador. A Chevron acusa a Petroecuador de ser a responsável pelo derrame de todo este material em "piscinas" gigantes na mata. Acima, casas construídas próximas a um poço de petróleo ainda em operação. 

Os 30 mil afetados, envolvidos no processo, são compostos por povos indígenas como os Cofán, Sequoya e Huaorani, e acusam as ações da empresa como razão do desaparecimento dos Tetete e Sansahuari. Acima, um líder dos afetados fala durante manifestação realizada por eles em 15 de maio.

Alejandro Soto, morador da região e membro da União dos Afetados, conta que a produção de alimentos caiu em ao menos 40% por conta da contaminação. Acima, o acervo de documentos do processo, que somam mais de 256 mil páginas. 

A água de riachos apresenta manchas de óleo e em alguns lugares chegam a cheirar a diesel. Acima, Maria Angela Bravo, uma das afetadas, mostra uma fonte de água no fundo de sua casa, onde é possível ver bolhas de petróleo. 

Acima, jornalistas visitam o poço Aguarico 5, onde existem piscinas de petróleo cobertas pela vegetação. 

Sobrevoo da piscina do poço Shushufindi 61. Existem aproximadamente mil piscinas de residuos tóxicos conhecidas, inclusive algumas que, como esta, ainda nao foram encobertas pela vegetação. 

A marcha de 20 anos da mobilização dos afetados, realizada em 15 de maio. A marcha mobilizou indígenas e camponeses de várias regiões, que protestaram contra a demora no processo.