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América Latina

Equador: vulcão Tungurahua volta a rugir e deixa cientistas na expectativa

14 jul 2013 - 23h58
(atualizado em 15/7/2013 às 00h20)
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Os cientistas que vigiam o vulcão Tungurahua, situado no centro dos Andes do Equador, continuam na expectativa de seu comportamento, pois neste domingo a montanha voltou a rugir com uma explosão de grande intensidade, que formou uma coluna de gases de até oito quilômetros de altura sobre sua cratera.

Após a erupção, o vulcão diminuiu sua atividade sísmica de forma considerável, o que chamou a atenção dos cientistas perante a possibilidade de que isso suponha uma nova acumulação de energia, segundo explicou Marco Yépez, do Instituto Geofísico (IG) da Escola Politécnica Nacional.

No entanto, horas depois, a montanha começou a gerar um tremor de baixa intensidade, o que pode representar uma liberação paulatina e constante de energia acumulada através de pequenas emissões de vapor de água, gases e pouca quantidade de cinza.

Yépez ressaltou que é difícil prever qual será o comportamento do vulcão e espera-se que ele dê algum sinal que permita avaliar sua evolução.

Se o Tungurahua mantiver a "despressurização" com as emanações de vapor e gases, poderia representar que a energia interna está sendo liberada em termos pouco perigosos, mas se novamente voltar um "silêncio sísmico", o conduto pode tampar, acumular energia e eventualmente gerar novas explosões, acrescentou Yépez.

A Secretaria Nacional de Gestão de Riscos declarou um "alerta laranja", de precaução, para a área do vulcão, perante um possível aumento de sua atividade.

O IG assinalou que a explosão desta manhã ocorreu depois que foram registrados mais de 220 tremores leves de "longo período", relacionados com o movimento de fluidos no interior da montanha.

Pedro Espín, do IG, disse que com a explosão houve presença de "fluxos piroclásticos", avalanches de rochas candentes que rolaram por algumas encostas dos flancos norte e oeste da montanha.

No dia 29 de junho, o IG informou de um aumento na atividade sísmica do Tungurahua e a possibilidade que se tenha formado uma espécie de "tampão" na área da cratera, que impedia a liberação da energia interna e facilitava a acumulação da mesma.

Segundo o IG, aparentemente esse "tampão" cedeu às pressões e a montanha desafogou a energia acumulada de maneira violenta, para passar a uma etapa de "desgaseificação", cuja evolução é monitorada através da rede de sismógrafos instalados na montanha.

O vulcão, de 5.016 metros de altura e situado a cerca de 80 quilômetros ao sul de Quito, começou seu atual processo eruptivo em 1999 e desde então intercalou períodos de forte atividade com lapsos de relativa calma.

O Tungurahua integra o conjunto de mais de 50 vulcões do Equador e junto com Reventador e Sangay faz parte dos mais ativos do país.

EFE   
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