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América Latina

Equador analisa reeleição ilimitada para presidente

Movimento político do presidente, Rafael Correa, tenta a aprovação das polêmicas reformas de maneira direta na Assembleia Nacional, onde tem ampla maioria, sem que haja uma consulta popular

31 out 2014 - 21h50
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Presidente do Equador Rafael Correa durante conferência em 19 de agosto de 2014.
Presidente do Equador Rafael Correa durante conferência em 19 de agosto de 2014.
Foto: Jorge Dan Lopez / Reuters

A corte suprema do Equador autorizou nesta sexta-feira que parlamentares analisem um projeto do governo que propõe a reeleição presidencial indefinida, jogando por terra as reivindicações da oposição para fazer primeiro uma consulta popular.

O movimento político do presidente, Rafael Correa, tenta a aprovação das polêmicas reformas de maneira direta na Assembleia Nacional, onde tem ampla maioria, sem que haja uma consulta popular, porque argumenta que as mudanças não vão alterar a essência da atual Constituição.

A Corte Constitucional aprovou o mecanismo proposto pelo movimento político governista, Aliança País. "Procede que sejam tramitadas por meio de emenda constitucional (via debate na Assembleia)", afirmou na resolução.

As reformas constitucionais também pretendem, além da reeleição indefinida para todos os cargos públicos, promover mudanças na gestão de fundos de aprosentadoria das Forças Armadas.

O movimento Aliança País tem 100 assentos na Assembleia Nacional de 137 membros, o que garantiria a aprovação das mudanças constitucionais.

O popular mandatário ainda não decidiu se irá tentar a reeleição em 2017, quando acaba seu atual mandato. A Constituição atual, vigente desde 2008 e promovida por Correa, autoriza a reeleição presidencial apenas uma vez.

Os partidos e movimentos da oposição anunciaram separadamente a coleta de assinaturas para convocar uma consulta popular e que a maioria dos equatorianos decida nas urnas a questão da reeleição presidencial indefinida.

Correa tem uma popularidade em níveis historicamente elevados devido aos milionários programas de ajuda social e infraestrutura básica nas áreas de saúde e educação.

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