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América Latina

Empresas que produzirão maconha no Uruguai serão definidas em setembro

19 ago 2015 - 19h35
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O governo do Uruguai pretende definir no dia 3 de setembro as empresas que produzirão, sob o controle do Estado, a maconha de uso recreativo que será comercializada nas farmácias do país, com base na lei aprovada em 2013, informaram à Agência Efe fontes do governo.

O processo de licitação, que conta com a participação de 11 das 20 empresas que se candidataram inicialmente, foi prolongado diversas vezes pelo próprio governo com o argumento de evitar "falhas" em um tema que está sob o olhar internacional.

A lei que regula a produção, compra e venda de maconha sob o controle do Estado foi impulsionada pelo ex-presidente José Mujica e aprovada em dezembro de 2013 como uma forma alternativa de enfrentar o tráfico de drogas, e tornou o Uruguai no país pioneiro neste enfoque da luta antidrogas.

As fontes oficiais também disseram à Efe que a sustentabilidade financeira das empresas que pretendem produzir o cannabis foi um dos pontos que atraiu especial atenção durante as análises das documentações apresentadas na licitação.

Em entrevista à imprensa nesta quarta-feira, o presidente da Junta Nacional de Drogas (JND) e secretário da presidência da República, Juan Andrés Roballo, afirmou que o prazo estabelecido para concluir o processo de licitação termina no fim deste mês e que, a partir de então, haverá "uma última análise".

Uma vez aprovadas as licitações, as empresas deverão se instalar em um prédio - propriedade do Estado - no departamento de San José para plantar a maconha, que deve levar quatro meses de produção até a colheita.

Posteriormente, a droga será vendida em farmácias devidamente autorizadas aos usuários também registrados pelo Instituto de Regulação e Controle do Cannabis (Ircca), conforme a legislação.

A JND espera que a comercialização da maconha esteja em andamento antes da Assembleia Especial da ONU sobre drogas (Ungass) em abril de 2016, em Nova York.

Por enquanto, no Uruguai estão em funcionamento o cultivo doméstico, destinado aos que se registrarem para plantar a substância em casa, assim como os chamados clubes canábicos, uma espécie de cooperativa para o cultivo coletivo de um grupo limitado de pessoas.

EFE   
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