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Mundo

Eleições em Honduras são enfraquecimento da OEA, diz Amorim

27 nov 2009 - 17h16
(atualizado às 17h20)
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O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta sexta-feira que as eleições convocadas em Honduras, "saídas do golpe" de Estado que destituiu o presidente Manuel Zelaya em junho, refletem "um enfraquecimento" da Organização de Estado Americanos (OEA).

infográfico honduras eleições abstençaõ
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Foto: Reuters

Amorim deu tal declaração ao sair da reunião do Conselho de Defesa e de chanceleres dos países-membros da União de Nações Sul-americanas (Unasul), realizada hoje em Quito. Para o ministro, esse "enfraquecimento" da OEA é "uma razão a mais para que se trabalhe em organismos como Unasul".

Amorim disse que "não há necessidade de fazer um pronunciamento" sobre a situação de Honduras "porque a América Latina já fez um pronunciamento" segundo o qual as eleições de 29 de novembro "seriam legítimas se Zelaya fosse restituído no poder antes". De acordo com o chanceler, os países da região estarão atentos para ver "como as coisas evoluem", mas disse que "eleições que saíram do golpe", produzidas após "um tempo longo de estado de sítio", não são "um bom sinal para a região".

"Lamentamos que isso tenha ocorrido", acrescentou. As declarações de Amorim contrastam com as concedidas pelo ministro das Relações Exteriores do Peru, José García Belaúnde, que também se pronunciou sobre as eleições hondurenhas em um pequeno encontro com jornalistas na reunião da Unasul.

Segundo Belaúnde, a postura peruana é de que "se as eleições forem realizadas com transparência, sem objeções", e sempre que "o resultado seja a vontade do povo", seu país vai reconhecer os resultados. "Temos muitas experiências na América Latina de saídas de períodos de ditadura e de Governos de fato por meio de eleições desses mesmos Governos", argumentou García Belaúnde, ao apontar que esses pleitos foram reconhecidos.

EFE   
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