PUBLICIDADE

América Latina

Eleição no Uruguai registra alto nível de participação

Eleiçoes presidenciais uruguais registra alto nivel de participação

25 out 2009 - 18h11
(atualizado às 18h46)
Compartilhar

A maioria dos uruguaios já foi às urnas neste domingo para renovar o Parlamento e eleger um presidente, com a esquerda como favorita em ambas as disputas. Segundo informações da agência AFP, Edgardo Martinez Zimarioff, ministro da Corte Eleitoral, declarou que um balanço aponta um alto nível de participação em todo o país, entre 76% e 88% dependendo do lugar.

Os centros de votações abriram às 8h e devem fechar às 19h30, mas o horário pode ser prorrogado em caso de filas diante das seções de votação. Assim como no Brasil, o voto é obrigatório no Uruguai.

Caso os 2.563.397 eleitores registrados não concedam mais de 50% dos votos a um candidato, o país terá um segundo turno no dia 29 de novembro.

Além de Mujica, candidato da coalizão de governo de esquerda Frente Ampla, e de Lacalle, do Partido Nacional (centro-direita), estão na disputa Pedro Bordaberry, filho do ex-ditador Juan Bordaberry (1973-1976), pelo Partido Colorado (centro-direita); Pablo Mieres pelo Partido Independente (centroesquerda) e Raúl Rodriguez pela Assembleia Popular (esquerda).

As pesquisas atribuem ao ex-guerrilheiro entre 48% e 50% dos votos e ao ex-presidente de 30% a 32%. Bordaberry aparece com entre 14% e 16%; Mieres entre 2,5 e 4%, e a Assembleia Popular junto com votos nulos e em branco fica entre 2,5% e 3%.

Apesar dos números apontarem uma vitória da Frente Ampla, que também almeja a maioria parlamentar, os institutos de pesquisa alertaram para uma margem de erro de 3% e que tecnicamente não é possível descartar outros cenários.

Mujica votou apenas 10 minutos depois do início do horário de votação, na zona oeste de Montevidéu, perto de sua fazenda, onde permanecerá até o fim da tarde, quando seguirá para a sede de sua campanha, um hotel do centro da capital.

"Espero que este dia seja como sempre uma jornada cívica e que os uruguaios decidam o que corresponda", afirmou o ex-guerrilheiro depois de votar.

"Amanhã o país continua e estamos todos no mesmo barco", completou. O presidente Tabaré Vázquez, que deixa o governo com mais de 60% de aprovação, mas não disputa a votação porque a Constituição não permite a reeleição, também votou de manhã.

"Na minha idade é preciso fazer projetos de curto prazo", afirmou ao ser perguntado sobre uma candidatura em 2014. Lacalle, por sua vez, votou à tarde, na zona sul da capital. Foi aclamado por cerca de 150 seguidores.

Os eleitores uruguaios também votarão em dois plebiscitos: um para anular a Lei de Caducidade, que evitou processos por violações aos direitos humanos durante a ditadura (1973-1985), e outro sobre o direito de voto dos uruguaios que vivem no exterior.

De acordo com a lei no Uruguai, nos plebiscitos os eleitores só podem votar no 'Sim' e todo voto não emitido a favor é considerado contrário. São necessários mais de 50% dos votos para a aprovação das reformas constitucionais.

Eleitores enfrentaram filas para registrar seus votos nas eleições nacionais
Eleitores enfrentaram filas para registrar seus votos nas eleições nacionais
Foto: Reuters
AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Compartilhar
Publicidade