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Europa

Edward Snowden está "são e salvo", afirma Julian Assange

24 jun 2013 - 11h37
(atualizado às 12h48)
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Edward Snowden é acusado de espionagem, roubo e uso indevido de propriedade do governo dos EUA
Edward Snowden é acusado de espionagem, roubo e uso indevido de propriedade do governo dos EUA
Foto: AP

O americano Edward Snowden está "são e salvo", afirmou nesta segunda-feira Julian Assange, em uma teleconferência organizada pelo site WikiLeaks.

Snowden e a colaboradora do WikiLeaks que o acompanha, Sarah Harrison, "estão sãos e salvos", declarou Assange. "Não posso revelar mais informações sobre o paradeiro ou as circunstâncias atuais", completou.

Assange afirmou que Snowden deixou Hong Kong no domingo com um "documento de refugiado" emitido pelo Equador. "Para sair de Hong Kong, o senhor Snowden obteve um documento com status de refugiado do governo equatoriano", acrescentou o australiano na embaixada do Equador em Londres, onde está há um ano refugiado.

Além disso, Assange sustentou que Snowden, jovem que revelou informações sobre os programas secretos de espionagem do governo americano, está "em contato" com uma equipe legal do Wikileaks que proporciona assistência. "Todo mundo tem direito de buscar e obter asilo", comentou o fundador do Wikileaks em referência à solicitação feita por Snowden ao Equador.

Assange, que se encontra asilado na embaixada do Equador em Londres para evitar sua extradição para Suécia por supostos delitos sexuais, acusou o governo americano de "tentar intimidar" a Rússia e outros países para revelar o paradeiro de Snowden e conseguir sua extradição.

Assange não quis responder a uma pergunta sobre se o Wikileaks está buscando fazer algo com as informações de Snowden, ex-técnico da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA e da CIA.

Por sua vez, Kristin Hrafnsson, porta-voz do Wikileaks, indicou na mesma conferência que a organização entrou em contato com a Islândia e outros países, que não especificou, para avaliar outras opções de asilo para Snowden.

O jovem viajou no fim de semana passado de Hong Kong a Moscou, ajudado pelo Wikileaks, para escapar da extradição solicitada pelos Estados Unidos.

Uma fonte anônima citada pelos meios de comunicação russos revelou que Snowden tinha previsto partir hoje rumo a Cuba mas, segundo fontes dos serviços de segurança russos citada pela Interfax, o americano não se encontrava a bordo do avião que decolou de Moscou.

Enquanto isso, o secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou hoje na Índia, onde está de visita, que espera que os países latino-americanos e a Rússia cumpram com a lei e extraditem Snowden.

Em 9 de junho, Snowden revelou ao jornal britânico The Guardian e ao americano The Washington Post que a NSA e o FBI têm acesso a milhões de registros telefônicos amparados pela Lei Patriota, aprovada após os atentados do 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

Posteriormente, esses jornais revelaram um programa secreto conhecido como PRISM, que permite que a NSA ingresse diretamente nos servidores de nove das maiores empresas de internet americanas, como Google, Facebook, Microsoft e Apple, para espionar contatos no exterior de suspeitos de terrorismo.

Com informações da agência AFP

EFE   
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