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América Latina

Deputada da Venezuela quer proibir uso de mamadeira para bebês

Medida proposta por uma deputada chavista seria para estimular a amamentação

14 jun 2013 - 21h22
(atualizado às 21h56)
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A Assembleia Nacional da Venezuela estuda proibir o uso de mamadeiras de leite por meio de uma reforma legislativa como medida para estimular a amamentação, disse uma deputada do partido governista.

Odalis Monzón, do Partido Socialista Unido da Venezuela, disse que a iniciativa faz parte de uma reforma da Lei de Proteção, Promoção e Apoio à Amamentação cujo debate começará na próxima terça-feira no Parlamento de maioria governista.

"Vão proibir todo tipo de mamadeira, menos em casos excepcionais em que a mãe por algum tipo de doença (não possa amamentar) ou em caso de morte de uma mãe", disse Monzón, que é vice-presidente da Comissão de Família do Legislativo.

"Esse amor (entre mãe e bebê) se perdeu por essas multinacionais vendendo essa fórmula (leite em pó para recém-nascidos)", acrescentou a deputada em entrevista ao canal estatal VTV.

Ela afirmou que o espírito da lei é garantir o acesso à amamentação de todas as crianças venezuelanas. A agência Reuters tentou se comunicar com a deputada para obter mais detalhes, mas não obteve resposta.

A discussão irritou os críticos do governo que denunciam que a gestão do presidente do país, Nicolás Maduro, seguindo os preceitos de seu antecessor Hugo Chávez, se envolve cada vez mais na vida privada dos cidadãos.

"Cada um é livre para alimentar o seu filho e criá-lo como melhor lhe pareça. Minha filha deixou de mamar sozinha, aos sete meses, porque não quis mais, enjoou. O que posso fazer, obrigá-la?", se queixou Ingrid Rivero, uma mãe de 27 anos.

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