Cubanos detidos pela guarda costeira dos EUA são autorizados a voltar à ilha
Os 38 imigrantes cubanos que estavam detidos em águas internacionais a bordo de um navio da guarda costeira dos Estados Unidos obtiveram neste domingo a autorização para retornar a seu país.
De acordo com o canal de Miami "NBC"6, o Escritório de Interesses de Cuba em Washington comunicou às autoridades americanas no sábado sua intenção de permitir o retorno deste grupo de imigrantes a solo cubano, "ainda que eles não se qualifiquem para uma repatriação segundo os termos do acordo de 1995".
Na sexta-feira passada, um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, que pediu anonimato, confirmou à Agência Efe que o grupo de cubanos tinha sido interceptado dias atrás pela guarda costeira nas imediações das Ilhas Virgens, e desde então estavam detidos em águas internacionais a bordo do patrulheiro "Vigilant".
Os oficiais cubanos rejeitaram em uma primeira instância a permissão de retorno para os 38 detidos, sob o argumento que não se qualificavam como imigrantes em trânsito, uma vez que o grupo saiu do país legalmente e contava com vistos para visitar a ilha caribenha de Santa Lúcia.
Até o momento, não há informações sobre quando serão repatriados os 38 cubanos, que tinham intenção de chegar ao litoral do sul da Flórida e até o momento se mantêm a bordo da embarcação da guarda costeira.
Nos Estados Unidos rege para os cubanos a lei conhecida como "pés secos, pés molhados", que permite que fiquem no país todos aqueles que conseguem pisar em solo americano, mesmo que de forma ilegal.
Por outro lado, as autoridades americanas repatriam os cubanos que são interceptados antes de chegar a território dos EUA.
Desde o dia 1º de outubro de 2014, a guarda costeira do sétimo distrito, que vigia a costa sudeste do país, calcula que 1.759 haitianos, 2.460 cubanos e 321 dominicanos tentaram entrar ilegalmente nos Estados Unidos pelo mar.
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