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América Latina

Cuba sai da lista de patrocinadores do terrorismo dos EUA

Presença de Cuba nessa lista era um dos maiores obstáculos para a normalização e a reabertura de embaixadas em Washington e Havana

29 mai 2015 - 13h18
(atualizado às 13h38)
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Presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente cubano, Raúl Castro, durante encontro no Panamá, em foto de arquivo
Presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente cubano, Raúl Castro, durante encontro no Panamá, em foto de arquivo
Foto: Jonathan Ernst / Reuters

Cuba saiu oficialmente nesta sexta-feira da lista de países patrocinadores do terrorismo, que é elaborada a cada ano pelo governo dos Estados Unidos, e na qual figurava desde 1982.

O Congresso dos EUA tinha 45 dias para se pronunciar sobre a decisão tomada pelo presidente Barack Obama de tirar Cuba dessa lista, com a opção de apresentar um projeto de lei para tentar revogá-la, algo que não aconteceu.

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Como esse prazo "expirou", o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, "tomou a decisão final de rescindir a designação de Cuba como um Estado Patrocinador do Terrorismo, que entra em vigor hoje, 29 de maio de 2015", informou em comunicado o porta-voz do Departamento de Estado, Jeff Rathke.

Segundo o porta-voz, a avaliação realizada pelo Departamento de Estado a pedido de Obama concluiu que Cuba "cumpre com os critérios legais" para deixar essa lista.

Rathke enfatizou que os EUA continuam tendo "grandes preocupações e desacordos sobre uma ampla gama de políticas e ações de Cuba", mas que estão "fora dos critérios pertinentes para a rescisão da designação como Estado Patrocinador do Terrorismo".

No dia 14 de abril, após sua histórica reunião com o presidente cubano, Raúl Castro, realizada no Panamá durante a Cúpula das Américas, Obama anunciou sua decisão de eliminar Cuba dessa lista, na qual estava junto com Irã, Sudão e Síria.

Em mensagem enviada então ao Congresso, Obama certificou que o governo de Cuba "não proporcionou nenhum apoio ao terrorismo internacional durante os últimos seis meses", e expressou "garantias que não vai apoiar atos de terrorismo internacional no futuro".

As razões de Washington para manter até agora Cuba na lista eram seu suposto apoio a membros da organização terrorista basca ETA, às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e a alguns fugitivos da Justiça americana.

Cuba reivindicava há anos sair dessa "lista negra" e a revisão de sua designação como país patrocinador do terrorismo fez parte do histórico acordo anunciado por Obama e Castro em dezembro do ano passado para a normalização das relações bilaterais.

A presença de Cuba nessa lista era um dos maiores obstáculos para a normalização e a reabertura de embaixadas em Washington e Havana.

Acaba cúpula marcada por reunião histórica de Obama e Castro:
Fonte: Ansa Brasil
EFE   
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