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América Latina

Cruz Vermelha defende missão no Haiti após críticas sobre má gestão e desperdício

5 jun 2015 - 16h41
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Por Stella Dawson

Rua comercial de Porto Príncipe, no Haiti, em fevereiro. 09/02/2015
Rua comercial de Porto Príncipe, no Haiti, em fevereiro. 09/02/2015
Foto: Andres Martinez Casares / Reuters

WASHINGTON (Thomson Reuters Foundation) - A Cruz Vermelha defendeu o trabalho que vem desenvolvendo no Haiti desde que um terremoto devastou o país há cinco anos, depois que uma investigação da mídia revelou que a entidade só construiu seis casas, apesar de ter arrecadado quase meio bilhão de dólares em doações.

O ProPublica, site de jornalismo investigativo dos Estados Unidos, e a rede de rádio norte-americana NPR confrontaram a Cruz Vermelha norte-americana nesta semana com uma reportagem sobre o uso que a agência humanitária fez das doações para ajudar 1,5 milhão de pessoas desabrigadas pelo tremor de janeiro de 2010.

O relatório acusou a Cruz Vermelha de desperdiçar dinheiro por culpa de vários equívocos e da má administração, deixando famílias sem moradia e incapazes de sobreviver e ao mesmo tempo dependente demais de agentes estrangeiros que não falam francês ou crioulo.

A Thomson Reuters Foundation também soube que a Cruz Vermelha gastou pelo menos 17 por cento dos fundos com despesas no Haiti, apesar de o grupo norte-americano e federação internacional afirmar que 91 centavos de cada dólar ir para programas e serviços humanitários.

A reportagem acusa a Cruz Vermelha de desperdiçar dinheiro por meio de várias falhas e má gestão, deixando as famílias sem-teto e incapazes de sobreviver, enquanto dependia demais de agentes estrangeiros que não falavam francês ou crioulo.

A filial norte-americana da Cruz Vermelha rejeitou a reportagem, dizendo que o artigo carece de "equilíbrio, contexto e precisão" e afirmando que seu trabalho no país caribenho fez a diferença nas vidas de milhões de haitianos.

"Apesar das condições mais desafiadoras, incluindo mudanças de governo, falta de terrenos para habitação e tumulto entre os civis, nossa equipe extremamente trabalhadora --e 90 por cento da qual é de haitianos--, continua a atender as necessidades de longo prazo do povo haitiano", declarou a organização não governamental em comunicado em seu site na Internet.

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