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América Latina

Coreia do Norte propõe "solução diplomática" para incidente com navio

9 ago 2013 - 20h31
(atualizado às 20h53)
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A Coreia do Norte propôs ao Panamá, por meio de uma "nota verbal", a busca de uma "solução diplomática" ao incidente com o navio norte-coreano detido no país centro-americano com armamento não declarado procedente de Cuba.

Uma fonte oficial que pediu anonimato disse nesta sexta-feira à agência Efe que a "nota verbal" foi enviada nas últimas horas pelo Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática de Coreia através de sua embaixada credenciada em Havana e que a chancelaria do Panamá a analisará.

Na "nota verbal", Pyongyang propõe ao governo panamenho buscar a forma que "se resolva de maneira diplomática o incidente" do navio Chong Chon Gang, detalhou a fonte.

Também afirma que, com base "nos direitos internacionais e gesto humanitário, se outorgue o mais breve possível o acesso consular dos diplomatas dessa missão (diplomática em Havana) aos tripulantes" do barco norte-coreano.

A fonte oficial informou que a chancelaria panamenha analisará a "nota verbal" e que considera que "qualquer ação humanitária deve ser feita através da Cruz Vermelha Internacional", já que não existem relações de nenhum tipo entre Panamá e Coreia do Norte.

Esta é a primeira comunicação do governo norte-coreano com as autoridades panamenhas, destacou a mesma fonte oficial.

As autoridades panamenhas detiveram o mercante norte-coreano pela suspeita que transportava drogas, mas durante as revistas o que acharam foram contêineres com armas ocultas sob milhares de sacos de açúcar, o único produto declarado.

Cuba admitiu a propriedade das armas, que disse estarem "obsoletas" e rumo à Coreia do Norte para serem reparadas, o que Pyongyang confirmou alegando um "contrato legítimo" entre as partes através de um comunicado de seu Ministério das Relações Exteriores divulgado pela agência estatal "KCNA".

Cuba assegurou que a carga se compõe de "duas complexas baterias antiaéreas Volga e Pechora, nove foguetes em partes e peças, dois aviões Mig-21 Bis e 15 motores desse tipo" de aeronave, todos de fabricação russa e da década de 1950.

As autoridades panamenhas encontraram partes de aviões de guerra, dois sistemas de mísseis antiaéreos e suas equipes de guia, explosivos, foguetes de curto alcance, munição e seis caminhões de comando e controle de mísseis, de acordo com a informação oficial.

Os 35 tripulantes norte-coreanos permanecem detidos na antiga base militar de Sherman, no Caribe panamenho, e foram acusados pela procuradoria panamenha de ter supostamente incorrido no delito de atentar contra a segurança coletiva.

O ministro de Segurança panamenho, José Raúl Mulino, disse hoje perante deputados do Parlamento que existe a possibilidade que a tripulação seja repatriada por meio de um terceiro país.

EFE   
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