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América Latina

Conselho Eleitoral do Haiti considera "muito difícil" realizar eleição dia 17

5 jan 2016 - 12h54
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O Conselho Provisório Eleitoral (CEP) do Haiti considerou "muito difícil" realizar no próximo dia 17 de janeiro o segundo turno da eleição presidencial, como propôs o presidente Michel Martelly, cujo mandato se encerra dia 7 de fevereiro.

Em carta dirigida a Martelly publicada nesta terça-feira pela imprensa haitiana, o CEP assinalou que é "muito difícil, quase impossível", realizar o segundo turno das eleições presidenciais, assim como as eleições legislativas - que foram suspensas em algumas regiões, e as locais parciais, no dia 17 de janeiro de 2016.

A carta, com data de ontem, 4 de janeiro, indica que 12 dias "não são suficientes para completar todas as atividades prévias às eleições", mesmo se a convocação oficial for feita hoje.

O presidente do Haiti, Michel Martelly, anunciou em 1º de janeiro que o segundo turno das eleições presidenciais acontecerá no próximo dia 17 .

No entanto, ele não emitiu o decreto oficial que convoca o eleitorado às urnas. Essas votações estavam programadas originalmente para dia 27 de dezembro.

Na carta enviada a Martelly, o CEP expressou sua disponibilidade para se reunir hoje mesmo com o Executivo para analisarem juntos as implicações deste cenário e para poder completar o processo eleitoral tomando em conta que o período presidencial conclui o 7 de fevereiro.

A oposição haitiana classifica o primeiro turno da eleição presidencial de fraudulento e alega que os resultados da eleição de 25 de outubro foram manipulados a favor do candidato governista Jovenel Moise, que deverá enfrentar no segundo turno o opositor Jude Celestin.

As denúncias de irregularidades levaram o presidente Martelly designar a Comissão Independente de Avaliação Eleitoral, que conclui que houve "sérias irregularidades" nesse pleito e na segunda rodada das legislativas, realizadas em 25 de outubro.

A comissão, que entregou no sábado os resultados de seu relatório ao presidente haitiano e ao primeiro-ministro, Evans Paul, também recomendou substituir de seus postos e submeter à justiça os funcionários eleitorais ligados a essas irregularidades.

Os resultados da comissão apontam que o primeiro turno da eleição presidencial e o segundo das legislativas tiveram "sérias irregularidades".

Entre estas falhas está que mais de 30% dos eleitores votaram sem apresentar identificação, e que vários funcionários eleitorais estiveram por trás dessas irregularidades.

O relatório de avaliação também recomendou ao CEP tomar medidas "urgentes" quanto à supervisão do pessoal sob seu controle, e enfatizou a necessidade de aumentar o número de fisciais eleitorais no segundo turno.

EFE   
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