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América Latina

Com 253 mortes registradas, cólera desacelera no Haiti

24 out 2010 - 21h04
(atualizado às 21h41)
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O número de mortos no Haiti pelo surto de cólera aumentou para 253 nas últimas horas e mais de 3 mil pessoas estão hospitalizadas, informaram neste domingo as autoridades sanitárias, que apuram possíveis casos em Porto Príncipe e comemoram uma diminuição da doença em pontos do leste e do norte do país.

Do total de mortos, 239 foram registrados em Artibonite, a área mais afetada pelo surto
Do total de mortos, 239 foram registrados em Artibonite, a área mais afetada pelo surto
Foto: AP

Do total de mortos, 239 foram registrados em Artibonite, a área mais afetada pelo surto, disse em entrevista coletiva o diretor-geral do Ministério da Saúde do país, Gabriel Timothée. O restante das vítimas foi contabilizado em Mirebalais e Las Cahobas, no departamento de Plateau Central, no leste, onde, no entanto, não se reportaram mortes por cólera nos últimos três dias. Segundo Timothée, isto representa "uma tendência de estabilização" da epidemia na região.

Enquanto isso, os hospitalizados chegaram aos 3.115, dos quais 2.754 estão em Artibonite, disse Gabriel Timothée. A respeito dos cinco possíveis casos da epidemia em Porto Príncipe, Timothée disse à EFE que é preciso realizar exames no laboratório nacional de Saúde Pública para determinar se realmente se trata da doença. O diretor-geral também falou de uma "diminuição" nos casos graves em Drouin e Grande Saline, as áreas mais críticas de Artibonite.

Timothée anunciou na entrevista coletiva que o Haiti enterrará em valas comuns as vítimas da epidemia que, segundo o presidente do país, René Préval, teria sido "importada" de uma país que se absteve de identificar. "Tomamos a importante decisão de enterrar em túmulos comuns os cadáveres de pessoas não identificadas que morreram da epidemia em Grande Saline", disse Timothée.

"Nenhum cadáver sairá do centro hospitalar sem ter sido desinfetado e colocado em um saco plástico", advertiu, acrescentando que as famílias das vítimas não poderão fazer funerais, já que os mortos deverão ser sepultados imediatamente. Timothée revelou que equipes das comunidades serão capacitadas para atuar na desinfecção dos cadáveres que não cheguem aos hospitais e também das casas onde residiam.

EFE   
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