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América Latina

Colômbia ameaça acabar com processo de paz com as Farc

Para o presidente colombiano, as Farc 'estão cavando sua própria fossa política'

30 jul 2014 - 01h19
(atualizado às 01h22)
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<p>Presidente da Col&ocirc;mbia, Juan Manuel Santos</p>
Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos
Foto: John Vizcaino (COLOMBIA - Tags: POLITICS ELECTIONS PROFILE) / Reuters

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ameaçou nesta terça-feira interromper o processo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) se a guerrilha persistir com as ações terroristas no país.

"Se continuam com isso (os atentados), estão brincando com fogo e o processo (de paz) pode terminar, porque não pode continuar indefinidamente nesta situação, porque confunde o povo colombiano, que não entende", disse o presidente.

Nas últimas semanas, a guerrilha realizou ataques contra caminhões-tanque que transportavam petróleo, contra aquedutos e contra a infraestrutura energética do país, ocasionando grandes danos ambientais.

O presidente acrescentou: "o que fizeram há poucos dias, atacar um aqueduto é um ato de terrorismo totalmente condenável", em referência à destruição do aqueduto do Ariari, que abastece vários municípios do centro do país.

No mais recente ataque contra a infraestrutura, na última segunda-feira, as Farc dinamitaram várias torres de energia perto de Buenaventura, no sudoeste do país, o que deixou mais de 400 mil pessoas sem eletricidade nessa cidade, que é o principal porto da Colômbia no Oceano Pacífico.

Para o presidente Santos, as Farc "estão cavando sua própria fossa política" com suas ações contra a população, "porque isso faz com que as pessoas os rejeitem". O governo colombiano e as Farc em um processo de negociação de paz em Havana desde novembro de 2012, no qual chegaram a alguns acordos parciais.

Além das Farc, outra guerrilha, o Exército de Libertação Nacional (ELN), realizou ações recentes de terrorismo como a detonação de dois artefatos na madrugada desta terça-feira em Bogotá, que causaram alguns danos materiais e pânico entre a população.

Com aproximadamente 1,5 mil combatentes ativos, o ELN aumentou nos últimos anos suas ações armadas, enquanto mantém conversas exploratórias com o governo para iniciar um processo de paz.

EFE   
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