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América Latina

Cólera no Haiti é do tipo mais perigoso e já matou 140

22 out 2010 - 13h32
(atualizado às 16h25)
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O cólera no Haiti é do tipo mais perigoso, afirmou nesta sexta-feira o ministro da Saúde, Ariel Henry, após reunião de crise mantida com o presidente René Préval para adotar medidas para enfrentar a propagação da doença, que já causou 140 mortes.

Na reunião também participou o primeiro-ministro.

As autoridades estão preocupadas ante a possibilidade de que a epidemia se propague em consequência da mobilização da população nos acampamentos improvisados depois do terremoto de 12 de janeiro e onde moram milhares de pessoas.

Segundo Claude Surena, presidente da Associação Médica do Haiti, informou na véspera que a epidemia de cólera que atinge o norte do Haiti já matou pelo menos 140 pessoas e deixou mais de 1,5 mil infectadas nos últimos dias.

"Constatamos 135 óbitos (por cólera) e 1.498 casos de pacientes com diarreia (...) e segundo análises de laboratório, trata-se de cólera", disse Surena à AFP.

Números anteriores divulgados pelas autoridades sanitárias mostravam que pelo menos 50 pessoas morreram por diarreia aguda e centenas eram tratadas em hospitais locais enquanto testes de laboratórios estavam sendo realizados para determinar a causa da doença.

Segundo rádios locais, a situação mais grave ocorre em Saint Marc, 100 km ao norte de Porto Príncipe, onde há 26 óbitos e mais de 400 hospitalizados.

Em Verette, na mesma zona, a cólera matou 18 pessoas, e outras três faleceram em Mirebalais, no centro do país.

A cólera é transmitida pela água, mas também pela comida que esteve em contato com água contaminada pela bactéria.

A cólera causa muita diarreia e vômitos, seguidos de desidratação. Com um período de incubação pequeno, pode ser fatal se não for tratada a tempo.

A Organização Mundial de Saúde afirma em seu site que a doença "atinge tanto crianças como adultos e pode matar em algumas horas".

Agências de ajuda humanitária têm manifestado durante meses seu receio de surtos de doenças que poderiam se espalhar rapidamente no Haiti devido às precárias condições sanitárias nos acampamentos de desabrigados, com pouco acesso à água potável.

O empobrecido país do Caribe tem sido atingido nos últimos dias por grandes inundações, piorando a miséria daqueles que lutam para sobreviver em barracas e acampamentos que agora permeiam o país.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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