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América Latina

CNE: auditoria das eleições venezuelanas tem "mínima divergência"

4 jun 2013 - 00h04
(atualizado às 00h32)
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A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Tibisay Lucena, afirmou nesta segunda-feira que a auditoria realizada nas eleições do último dia 14 de abril apresentou "uma mínima divergência" entre comprovantes e atas de apuração, com uma margem de erro de 0,02%.

Segundo um comunicado publicado no site do CNE, Tibisay fez essa revelação durante a reunião extraordinária da União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore), realizada no Equador, onde adiantou que no próximo sábado será finalizado o processo de "verificação cidadã" e tambem será apresentado um relatório.

"Neste momento, temos auditado 95% das mesas de votação que funcionaram para a escolha presidencial do dia 14 de abril", declarou Tibisay na nota, que também indicava que "as autoridades dos organismos eleitorais do hemisfério puderam conhecer detalhes do processo de auditoria ampliada realizada na Venezuela".

De acordo com o documento apresentado no site do CNE venezuelano, os mecanismos legais que os venezuelanos possuem para impugnar o processo, caso não estiverem de acordo com os resultados, também foram abordados na reunião extraordinária.

A auditoria, que foi iniciada no último 6 de maio, foi solicitada pelo líder opositor e ex-candidato presidencial Henrique Capriles, que impugnou os resultados do pleito. No entanto, ele e a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) não participam do processo de auditoria por considerar que o mesmo não verifica todos os elementos da votação.

No dia das eleições, 66,3% das mesas foram auditadas, declarou no último mês a reitora do CNE, Sandra Oblitas, que também ofereceu os resultados da primeira fase da verificação ampliada solicitada pela oposição.

O pleito em questão foi vencido pelo governista Nicolás Maduro com uma vantagem de apenas 225 mil votos (1,49%) sobre Capriles, que não reconheceu o resultado por considerá-lo fraudulento e o impugnou perante o Supremo, que, mesmo após um mês da solicitação enviada, ainda não se pronunciou.

A oposição não participa da auditoria porque não inclui a revisão dos cadernos eleitorais nos quais aparecem as assinaturas dos eleitores ao lado de suas impressões digitais, onde, segundo Capriles, estão as supostas irregularidades com que "roubaram" seu triunfo eleitoral.

Ao anunciar a realização da auditoria ampliada, Tibisay qualificou as exigências de Capriles como "revisões impraticáveis" que estavam fora do que compreende a "verificação cidadã" estabelecida na lei.

"A Lei Orgânica dos Processos Eleitorais indica que a verificação seja efetuada mediante a revisão dos comprovantes de votação com relação aos dados contidos exclusivamente na ata de votação elaborada pelos membros de mesa", afirmou a presidente do CNE venezuelano no último dia 28 de abril.

EFE   
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