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América Latina

Chile pede ajuda a Hillary para reconstrução pós-terremoto

2 mar 2010 - 17h45
(atualizado às 19h37)
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A governante do Chile, Michelle Bachelet, e o presidente eleito, Sebastián Piñera, pediram hoje à secretária de Estado americana, Hillary Clinton, o apoio financeiro dos Estados Unidos para reconstruir o país após o devastador terremoto do sábado passado.

Em sua primeira visita oficial ao Chile como chefe da diplomacia americana, Hillary prometeu toda a ajuda necessária para que o Chile supere a tragédia decorrente do terremoto de 8,8 graus na escala Richter que até agora matou 795 pessoas e destruiu meio milhão de casas.

"Estamos dispostos a ajudar da maneira que for preciso. Já comuniquei isso ao Governo, através da presidente (Michelle Bachelet) e também vou dizer ao presidente eleito (Sebastián Piñera)", disse Hillary depois de se reunir com a governante chilena em uma base aérea em Santiago.

Bachelet reconheceu que será preciso muito tempo e dinheiro para reconstruir o país, e por isso, o Chile, que neste momento é um contribuinte de empréstimos para o desenvolvimento, terá de solicitar ajuda financeira de organismos internacionais.

"Um dos temas que conversei com a secretária de Estado americana foi a possibilidade de contar com um financiamento em boas condições para o processo de reconstrução, que vai nos custar muito tempo e dinheiro", disse Bachelet.

"Os Estados Unidos estão dispostos a responder aos pedidos do Governo do Chile não só com sua solidariedade, mas com as provisões específicas para seu trabalho de reconstrução", disse Hillary.

O acesso a créditos brandos também foi abordado na reunião que Hillary Clinton manteve em seguida com o presidente eleito, Sebastián Piñera, que assumirá o poder no dia 11 de março.

Piñera qualificou de "profunda e fértil" a reunião com a chefe da diplomacia americana, com quem discutiu ainda assuntos importantes da relação bilateral e da agenda internacional.

"Posso assegurar que ficou muito claro para mim que o Chile está muito bem preparado e equipado para responder a uma situação tão grave como esta", disse Hillary antes de seguir viagem para o Brasil.

"Tanto a presidente Bachelet como o presidente eleito Piñera trabalharam juntos para conseguir a recuperação e os esforços de assistência o mais rapidamente possível", destacou a secretária de Estado americana, que esclareceu que a ajuda dos Estados Unidos não contempla em nenhum momento o envio de tropas desse país ao território chileno.

Hillary elogiou o fato de as equipes de resgate chilenas terem sido as primeiros a chegar a Porto Príncipe após o terremoto que devastou o Haiti em janeiro, e prometeu "fazer o mesmo pelos amigos do Chile".

Já Bachelet agradeceu à secretária de Estado e ao presidente Barack Obama pelo "apoio, amizade e cooperação" dos Estados Unidos. "O povo chileno será eternamente agradecido a vocês", disse.

A chefe da diplomacia americana disse que havia muito tempo que planejava esta primeira visita oficial ao Chile. "Era uma viagem que tínhamos programado e desejava desfrutar desta visita com a presidente Bachelet, a quem admito tanto e considero uma amiga", disse.

Na entrevista coletiva conjunta, Bachelet desprezou o número de US$ 30 bilhões como balanço dos danos materiais pelo terremoto, e disse que ainda é prematuro pensar em um cálculo das perdas.

"Não tenho o número exato de quanto vai custar a reconstrução. A única coisa que posso dizer é que será muito cara (...), agora estamos preocupados em solucionar os problemas de curto prazo", disse Bachelet, que cifrou em dois milhões de pessoas o número de desabrigados e em 500 mil as casas destruídas.

EFE   
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