O terremoto de 8,8 graus de magnitude que atingiu o Chile neste sábado matou pelo menos 300 pessoas, afirmou a chefe do Bureau Nacional de Emergências, Carmen Fernandez. O último número divulgado pelo governo chileno era de 214 vítimas fatais. A presidente do país, Michele Bachelet, estimou que o abalo afetou cerca de 2 milhões de pessoas.
Neste sábado, Bachelet fez um pronunciamento para a população chilena e pediu que os chilenos mantenham a calma. Segundo ela, a dimensão do abalo só deve ser conhecida após dois ou três dias.
O terremoto é o de maior magnitude registrado nos últimos 50 anos no Chile. O governo chileno adiou início do ano escolar nas regiões mais afetadas para, pelo menos, 8 de março, e a suspensão de eventos públicos.
Em menos de 24 horas depois do abalo, as réplicas do tremor seguem assustando as zonas afetadas em sete regiões do país. A população ainda sofre com bloqueio de estradas e interrupções nas comunicações. Há registro de saques em supermercados devido ao medo de abastecimento nos próximos dias, segundo a imprensa local.
Tragédia no Chile
Pelo menos 300 pessoas morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos pode passar de 180, segundo o canal estatal Televisión Nacional. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.
O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.
Efeitos do estrago
Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago foi fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.
Em Santiago, há um forte movimento de automóveis e muitos cidadãos perambulam pelas ruas. Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.
Mais forte que no Haiti
O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.
O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.
Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es

