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América Latina

Chávez autoriza Lula a falar sobre Venezuela com Obama

5 mar 2009 - 19h46
(atualizado às 20h25)
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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse na quarta-feira que autorizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a falar sobre seu país com o líder americano, Barack Obama, durante o encontro que ambos têm previsto para meados de março.

Chávez acusa Washington de liderar um capitalismo que acabará com a vida sobre o planeta e foi uma das principais vozes antiamericanas durante o governo de George W. Bush. O presidente venezuelano afirmou que Obama segue os passos de seu antecessor.

"Obama o convidou a conversar. Ele (Lula) fez contato conosco e disse que ele quer, se eu estiver de acordo, falar sobre o tema da Venezuela. Eu lhe disse que fale. Como eu falaria também se fosse o Brasil", disse.

Chávez, que tem encontro previsto com Lula no final de maio, não detalhou os assuntos que Lula tratará com Obama.

Washington e Caracas mantêm relações diplomáticas conflituosas que atingiram um ápice no ano passado quando Chávez expulsou o embaixador americano. O presidente venezuelano na ocasião acusou o "império" de intrometer-se na política de sua aliada Bolívia. Em resposta, os EUA também expulsaram o embaixador venezuelano em Washington.

Caracas suspendeu um acordo com a agência de combate ao tráfico de drogas dos EUA (DEA), enquanto Washington proíbe há anos a venda de sua tecnologia militar ao país sul-americano. As vendas de petróleo venezuelano aos EUA, porém, continuam.

Chávez irritou-se recentemente com um informe americano que acusa seu governo de não lutar o bastante contra o narcotráfico.

"Eu me perguntava ontem (...): será que há um novo governo na Casa Branca? Ou seria, ou será, que enviaram Obama para lá para que despache, mas Bush segue mandando no salão... como se chama? Oval?", disse ele durante reunião de conselho de ministros transmitida pela TV oficial.

O presidente venezuelano, que considera Fidel Castro como seu pai político, sugeriu que os Estados Unidos se ocupem da crise econômica mundial em vez de agredir seu país com "a mentira e o cinismo".

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