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América Latina

Chanceler venezuelano fará reunião com secretário de Estado dos EUA

5 jun 2013 - 01h16
(atualizado às 01h23)
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou nessa terça-feira que seu ministro das Relações Exteriores, Elías Jaua, manterá amanhã uma "interessante" reunião com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, aproveitando a presença de ambos na Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), que começou hoje na Guatemala.

"Será uma reunião que podemos dizer interessante (...), uma reunião entre Elías Jaua, chanceler da digna República Bolivariana da Venezuela e John Kerry, secretário de Estado dos Estados Unidos", declarou Maduro, ao precisar que o encontro será realizado amanhã.

De acordo com o governante venezuelano, ele esteve conversando com Jaua sobre a agenda dessa reunião e de outras que o ministro venezuelano manterá com representantes de outros países no encontro.

"Parece-me interessante manter relações de respeito com o governo dos Estados Unidos, relações em termos de igualdade entre os Estados", indicou o presidente venezuelano.

A Venezuela e os Estados Unidos mantêm suas relações em um de seus níveis mais baixos desde que, em dezembro de 2010, ambos os retiraram seus respectivos embaixadores por causa de contínuos incidentes diplomáticos.

Maduro insistiu que esta reunião é "muito interessante" porque vai permitir a "transmissão direta ao governo do presidente (dos EUA, Barack) Obama da visão que o governo da Venezuela possui a respeito das relações" entre os dois Executivos.

"Nossas diferenças podem ser mantidas, mas temos que ter respeito nas relações de caráter político e diplomático", acrescentou o governante venezuelano.

Maduro assegurou que a Venezuela tem "relações extraordinárias com o mundo inteiro" e também pode ter "boas relações" com o governo de Obama.

A Venezuela e os EUA protagonizaram vários incidentes diplomáticos nos últimos dois anos.

Em meados de março, o governo venezuelano suspendeu o diálogo que tinha iniciado com os EUA em novembro após declarações do Departamento de Estado sobre as eleições na Venezuela, as quais foram consideradas ofensivas por parte de Caracas.

No dia 5 de março, pouco antes do falecimento do presidente Hugo Chávez, a Venezuela expulsou dois agregados militares americanos em Caracas sob a acusação de "propor projetos desestabilizadores" a militares, enquanto os EUA, que respondeu essa medida seis dias depois, expulsaram dois diplomatas venezuelanos do país.

Posteriormente, o próprio Jaua ameaçou com represálias econômicas aos EUA caso fosse adotado sanções contra a Venezuela após as eleições do último dia 14 de abril, vencidas por Maduro e sem o reconhecimento da oposição.

EFE   
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