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América Latina

Chanceler do Peru renuncia por "problemas de saúde"

15 mai 2013 - 17h10
(atualizado às 18h26)
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O chanceler peruano, Rafael Roncagliolo, renunciou por "motivos de saúde" e o governo nomeou para o cargo a advogada e tecnocrata Eda Rivas, após o ministro ter se envolvido em incidentes já superados na Venezuela e no Equador e a poucas semanas do anúncio do veredicto de uma corte internacional para uma contenda marítima com o Chile.

O presidente peruano, Ollanta Humala, nomeou como nova chefe da diplomacia Eda, que atuava como ministra da Justiça. Com 61 anos, ela tem experiência como funcionária pública há mais de uma década.

A nova chanceler fez juramento de posse diante de Humala no Palácio do Governo. O vice-ministro de Direitos Humanos, Daniel Figallo, assumirá a pasta da Justiça.

A Presidência informou em um comunicado que Roncagliolo se afastou do gabinete de ministros "devido estritamente a problemas de saúde".

Roncagliolo, de 68 anos, foi operado há uns meses no Brasil por um "problema cardiovascular" e agora faz tratamento e uma dieta especial devido à doença que enfrenta, afirmou uma fonte.

No início de maio, o Peru se envolveu em um incidente diplomático com a Venezuela depois de declarações do chanceler sobre a situação política venezuelana após a apertada eleição vencida por Nicolás Maduro. O governo de Caracas considerou a posição de Roncagliolo uma ingerência em seus assuntos internos.

Na semana anterior ao incidente do Peru com a Venezuela, o embaixador do Equador Rodrigo Riofrío, que se envolveu em uma acalorada discussão pessoal com duas peruanas em um supermercado de Lima, levou os dois países a retirar seus respectivos embaixadores.

O anúncio da renúncia de Roncagliolo ocorre também poucas semanas antes de a Corte Internacional de Justiça anunciar seu veredicto sobre um pedido do Peru pela ampliação de sua superfície marinha para uma zona controlada atualmente pelo vizinho Chile.

"Roncagliolo foi um excelente condutor do trabalho desenvolvido pela equipe peruana que esteve à frente da representação de nosso país na Corte Internacional de Justiça de Haia", disse a Presidência da República.

(Reportagem de Omar Mariluz e Marco Aquino)

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