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América Latina

Cem mineiros detidos em confrontos com policiais na Bolívia

8 mai 2013 - 13h22
(atualizado às 13h43)
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Trabalhadores bloquearam estrada entre La Paz e Cochabamba em protesto por direitos trabalhistas
Trabalhadores bloquearam estrada entre La Paz e Cochabamba em protesto por direitos trabalhistas
Foto: AFP

Mais de cem detidos e uma ponte destruída por explosões de dinamite são o saldo deixado nesta quarta-feira pelos confrontos entre mineiros e policiais no terceiro dia da greve organizada pela Central Operária Boliviana (COB), que exige um aumento nos valores das aposentadorias.

"Realizamos a prisão de mais de cem pessoas que estavam portando dinamite, que estavam lançando materiais pesados, pedras e provocando a polícia" na estrada que une Oruro e Cochabamba (sul-sudeste), informou o ministro de Governo (Interior), Carlos Romero, em uma coletiva de imprensa.

Informações de meios de comunicação no local disseram que centenas de mineiros se posicionaram na altura do povoado andino de Caihuasi para bloquear a rota, mas foram dispersados pela polícia com bombas de gás lacrimogêneo.

Além disso, os mineiros "explodiram a ponte que une Caihuasi com Caracollo e a infraestrutura ficou totalmente intransitável", segundo o comandante nacional da Polícia, general Alberto Aracena.

A polícia apreendeu na terça-feira uma ambulância carregada de explosivos e "um micro-ônibus com grande quantidade de dinamite", além de outra "ambulância que também, embora não existisse uma importante quantidade de explosivos, estava sendo utilizada para deslocar gente dirigida a provocar violência", disse Romero.

O ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, voltou a convocar nesta quarta-feira a COB ao diálogo, rejeitado pela liderança, que ameaçou estender o protesto às cidades.

"As medidas de pressão se mantêm, os pontos de bloqueio se mantêm. A unidade dos trabalhadores está fortalecida", disse Juan Carlos Trujillo, líder máximo da COB, que destacou que a liderança sindical se reunirá apenas com o presidente Morales.

O ministro do Trabalho, Daniel Santalla, descartou que possa haver "alguma reunião com o presidente Morales ou seu vice-presidente" e censurou os que "não querem negociar com outras autoridades".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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