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América Latina

Casal se inscreve para primeiro casamento gay no Uruguai

5 ago 2013 - 10h49
(atualizado às 11h48)
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Rodrigo Borda (dir.) e Sergio Miranda exibem suas alianças
Rodrigo Borda (dir.) e Sergio Miranda exibem suas alianças
Foto: EFE

Após 14 anos de relaçionamento, Sergio Miranda e Rodrigo Borda se tornaram nesta segunda-feira o primeiro casal homossexual a se inscrever no Registro Civil uruguaio para se casar, com a entrada em vigor da Lei do Casamento Igualitário no país.

Miranda e Borda anteciparam que sua intenção é celebrar o casamento em setembro, coincidindo com o Mês da Diversidade Sexual no Uruguai.

O casal, que foi no começo da manhã ao cartório, dirige a revista Friendly Map, voltada ao público gay uruguaio e está junto desde 1999.

Cercado por jornalistas que foram ao cartório, Miranda destacou à imprensa que hoje "é um dia de muita alegria, emoção e responsabilidade" e opinou que o Uruguai está dando ao mundo "um sinal de que todos somos iguais, em um momento em que em outros países há leis que oprimem e perseguem os homossexuais".

Sergio Miranda e Rodrigo Borda se inscrevem no Registro Civil uruguaio para se casar
Sergio Miranda e Rodrigo Borda se inscrevem no Registro Civil uruguaio para se casar
Foto: EFE

A seu lado, Borda explicou que decidiram tornar público o momento para "desmitificar" as relações homossexuais e para que todas as pessoas "não só se sintam incluídas, mas também incluam".

Ambos destacaram que, apesar da nova lei significar um avanço, ainda "há muito a fazer" e que outros grupos LGTB continuam sofrendo discriminação, "especialmente os transexuais".

A Lei do Casamento Igualitário foi aprovada no dia 10 de abril pela Câmara dos Deputados, após passar pelo Senado. O casal precisará esperar 11 dias mais para escolher a data da união civil.

O presidente do Uruguai, José Mujica, a promulgou em 3 de maio e entrou em vigor 90 dias depois da assinatura presidencial.

Além dessa lei, no último ano e meio o Parlamento Uruguaio aprovou a descriminalização do aborto e iniciou o trâmite de legalização da maconha, com a aprovação na quarta-feira passada na Câmara dos Deputados do projeto de lei que deve ser ratificado pelo Senado.

EFE   
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