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América Latina

Capriles acusa situação de usar saúde de Chávez em pleito regional

12 dez 2012 - 21h04
(atualizado às 21h15)
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O governador venezuelano da oposição, Henrique Capriles, acusou esta quarta-feira a situação de usar a saúde do presidente Hugo Chávez, que se recupera em Cuba de uma cirurgia contra o câncer, para fazer campanha para as eleições regionais de domingo, nas quais pretende se reeleger.

Henrique Capriles concede entrevista coletiva em Caracas; o ex-candidato à presidência busca reeleição em Miranda
Henrique Capriles concede entrevista coletiva em Caracas; o ex-candidato à presidência busca reeleição em Miranda
Foto: AFP

"Neste momento, eu vejo que aqueles que, pelo visto, não têm nada a oferecer ao nosso Estado e ao nosso povo, então utilizam o problema que o presidente está vivendo", disse em um comício Capriles, governador do rico e populoso estado de Miranda (norte), que perdeu para Chávez nas eleições presidenciais de outubro.

O governador, cujo rival nas regionais será o ex-vice-presidente Elías Jaua, assegurou que "alguns" governistas dizem: "No domingo deve-se votar para que o presidente se recupere".

"O que está acontecendo com o presidente, o que tem a ver com a eleição?", questionou Capriles, acrescentando que esta estratégia se deve a que os candidatos da situação "não têm nada para propor".

Desde que Chávez anunciou a iminência da cirurgia a que se submeteu na terça-feira, vários candidatos da situação e altos funcionários pediram em seus discursos de campanha que a população vote no domingo como "presente" de recuperação ao presidente.

Precisamente na terça-feira, o vice-presidente e ministro de Relações Exteriores, Nicolás Maduro, pediu votos "de amor" nestas eleições, após anunciar que a cirurgia foi "bem sucedida".

"Quando votarmos nos candidatos de Chávez, sintamos que estamos dando-lhe um abraço, um beijo, que estamos dando um voto de amor a Chávez (...) E vejamos como se acende a luz em (os estados de) Lara, Zulia, Mérida, vermelha, vermelhinha", disse em alusão à cor da situação.

O processo pós-operatório que Chávez deverá enfrentar será "complexo e duro", informou nesta quarta Maduro, assegurando que a intervenção foi "difícil" e que durou mais de seis horas.

O presidente, de 58 anos, sofreu uma recaída do câncer de que padece desde meados de 2011, o que o levou a se submeter à sua quarta cirurgia. Ao longo de sua doença, se submeteu a tratamentos de quimioterapia e radioterapia, quase exclusivamente em Havana.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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