Candidato presidencial de esquerda sobe em pesquisa no México
14 mai2012 - 15h50
(atualizado às 17h07)
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O candidato presidencial de esquerda no México Andrés Manuel López Obrador subiu para o segundo lugar na mais recente pesquisa do jornal El Universal. O candidato líder nas intenções de voto, Enrique Peña Nieto, no entanto, mantém uma grande vantagem. A sete semanas da eleição de 1º de julho, López Obrador subiu 2,9 pontos percentuais, para 24,8%. A pesquisa foi elaborada pela empresa Buendia & Laredo.
Josefina Vázquez Mota, do Partido Ação Nacional (PAN), do presidente Felipe Calderón, caiu 4,5 pontos, para 23,1%. Ambos permanecem distantes de Peña Nieto, o candidato de oposição do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que subiu meio ponto percentual para ficar com 49,6%.
A pesquisa do El Universal foi feita depois do primeiro debate televisionado, ocorrido há uma semana, onde López Obrador pode ter ganhado espaço após ter dito que Peña Nieto era uma criação da rede Televisa e uma ferramenta de políticos mais velhos corruptos do PRI. A mais recente sondagem foi realizada entre 7 e 10 de maio e pesquisou mil eleitores. Ela tem uma margem de erro de 3,5 pontos percentuais, informou o jornal.
Gabriel Quadri (Nova Aliança) defende propostas polêmicas, como a legalização das drogas, o casamento homossexual e a privatização da petroleira Pemex. Acadêmico experiente, mas desconhecido dos eleitores, Quadri teve bom desempenho no 1º debate presidencial realizado no dia 6. No entanto, segundo analistas, sua participação serviria apenas para alcançar os 2% necessários para o partido manter registro e financiamento do Instituto Federal Eleitoral
Foto: AFP
Enrique Peña Nieto (PRI), 45 anos, casado com uma famosa atriz de novela é o trunfo do PRI para voltar ao poder 12 anos depois. A expectativa em torno do candidato no último debate era baixa, considerando seu fraco desempenho em situações de improviso. Mas Peña Nieto soube se defender dos ataques e mantém uma ampla liderança sobre os rivais. O eleitorado parece já ter esquecido suas gafes anteriores, como quando não soube dizer o valor do salário mínimo
Foto: AFP
Josefina Vázquez Mota (PAN) tem o apoio do atual presidente Felipe Calderón. Disciplinada, começou a corrida presidencial com Peña Nieto como alvo claro, mas agora enfrenta uma maior ameaça, que é a aproximação de López Obrador em uma disputa que se acirra pelo segundo lugar. Analistas afirmam que ela precisa corrigir sua estratégia e se distanciar de Calderón, devido aos números assombrosos da violência no país, caso queira ter chances de vitória
Foto: AFP
Andrés Manuel López Obrador (PRD) esteve perto de conquistar a presidência na eleição de 2006. Perdeu para Calderón por uma mínima diferença mínima e polêmica de 0,56%. O resultado gerou acusações de fraude e López Obrador comandou plantões no centro da capital mexicana se recusando a aceitá-lo, o que desgastou sua imagem política. Na campanha atual, mudou sua estratégia agressiva para a criação de uma "República amorosa", sem violência e corrupção
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