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América Latina

Campanha eleitoral começa oficialmente no Paraguai

18 fev 2013 - 18h40
(atualizado às 18h52)
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A campanha oficial para as eleições gerais do dia 21 de abril no Paraguai começou nesta segunda-feira, apesar de os candidatos já estarem fazendo propaganda nas ruas.

O Paraguai vive em período eleitoral praticamente desde o impeachment de Fernando Lugo em junho do ano passado. Há meses os cartazes dos candidatos presidenciais inundam as ruas do país.

Entre os de maior difusão, se destacam os dois grandes partidos tradicionais do Paraguai: o liberal, atualmente no governo, e o opositor colorado.

O candidato presidencial liberal Efraín Alegre junto com seu aspirante à Vice-Presidência, Rafael Filizzola, prometem aos cidadãos "um país sem pobreza, um Paraguai Alegre".

"Um novo rumo para o Paraguai" é o slogan de Horacio Cartes, empresário que ganhou as prévias para ser o candidato do Partido Colorado.

Além dos partidos citados, há cartazes do Unace (União Nacional dos Cidadãos Éticos) com a foto do recém-falecido Lino Oviedo, líder do partido, que apresentou um novo candidato presidencial na sexta-feira passada, o sobrinho homônimo do fundador do partido.

Cerca de 3,5 milhões de paraguaios devem comparecer às urnas para escolher seu novo presidente e vice-presidente, assim como os membros das duas câmaras do Parlamento e das províncias do país.

A disputa principal será entre Cartes e Alegre, que desafiou seu adversário a comparecer em um debate organizado pela Associação Rural e a União Industrial para a próxima semana, segundo declarações à "Rádio Monumental". O candidato colorado evitou comparecer a um primeiro debate em um canal de televisão.

A maioria das pesquisas publicadas pela imprensa paraguaia indica Cartes como favorito, mas são pesquisas anteriores à morte de Oviedo e não refletem uma possível transposição de votos da Unace para os outros partidos.

Cartes afirmou na sexta-feira passada que esperava um tsunami de votos da Unace para os colorados, mas Alegre reiterou ainda hoje que o Partido Liberal tem uma relação "fraterna" com o de Oviedo e está aberto a uma aliança, apesar do fracasso das negociações realizadas na semana passada.

Das eleições sairá o governo sucessor de Federico Franco, que substituiu Lugo após seu impeachment em um julgamento político no Congresso.

Os paraguaios esperam que após as eleições seja revogada a suspensão do Mercosul e da Unasul, uma sanção aplicada pelo "rompimento da ordem democrática" que, de acordo com essas entidades, aconteceu com a destituição do presidente.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) não suspendeu o Paraguai, mas decidiu enviar uma missão de observadores para as eleições, assim como a União Europeia.

O TSJE convidou também observadores da Unasul e, segundo explicou hoje em comunicado, solicitará oficialmente que o governo os conceda imunidade diplomática.

Segundo o TSJE, esta semana chegará ao país o Grupo de Alto Nível para o Paraguai da Unasul, liderado pelo peruano Salomón Lerner, para a assinatura na próxima quarta-feira do "convênio de cooperação" sobre a missão observadora.

EFE   
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