Bento XVI pede união para que crianças sejam protegidas
24 mar2012 - 23h39
(atualizado em 25/3/2012 às 00h07)
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Bento XVI fez neste sábado um apelo às famílias, à Igreja, à escola e aos governantes que "protejam e cuidem das crianças para que elas nunca deixem se sorrir e de olhar para o futuro". O pontífice fez o pedido durante o discurso para milhares de crianças mexicanas, com as quais se reuniu na cidade de Guanajuato.
Acompanhado por quatro crianças no balcão de onde falou, Bento XVI disse que a família, a Igreja, a escola e os governantes devem trabalhar unidos para que as crianças possam receber como herança um mundo melhor, "sem inveja nem divisões". Depois, disse: "Vocês, meus pequenos amigos, não estão sozinhos. Contam com a ajuda de Cristo e de sua Igreja para levar um estilo de vida cristão. Participem da Missa do domingo, na catequese, em algum grupo de apostolado, buscando lugares de oração, fraternidade e caridade", afirmou com veemência.
Bento XVI condenou e deplorou em várias ocasiões os casos de abusos sexuais contra crianças por parte de clérigos pedófilos e nos ambientes familiares e sempre pediu respeito aos menores. Sempre disse que a Igreja promove a tutela da dignidade e dos direitos dos menores, mas não duvidou em afirmar reiteradamente que "infelizmente, muitas vezes, alguns de seus membros, atuando contra esse compromisso violaram esses direitos, um comportamento que a Igreja jamais deixará de deplorar e de condenar".
O papa diz que "as duras palavras" de Jesus contra quem escandaliza os pequenos ("os que escandalizam os pequenos merecem que lhes pendurem uma pedra de moinho ao pescoço e os atirem ao mar") "obrigam a todos a não baixar, nunca, o nível desse respeito e amor". Em seu segundo dia de estadia no México, o Sumo Pontífice foi a Guanajuato, capital do estado do mesmo nome, centro do catolicismo mexicano, onde se reuniu com o presidente, Felipe Calderón, e depois na praça da Paz, com cinco mil crianças e dezenas de milhares de adultos, aos quais dedicou o único discurso público do dia.
"Estou contente de poder encontrar e ver seus rostos alegres enchendo esta praça. Vocês ocupam um lugar muito importante no coração do papa e neste momento queria que todas as crianças do México soubessem disso, particularmente as que suportam o peso do sofrimento, do abandono, da violência e da fome", afirmou Bento XVI, que no próximo mês completa 85 anos. Como um avô feliz rodeado de seus netos, o papa expressou sua preocupação com as crianças que passam fome devido à seca que nos últimos meses castiga várias regiões do México.
Entre cantos, vivas e outras manifestações de júbilo, o papa lhes encorajou a amar a Cristo e lhes assegurou que Deus quer que sejam felizes. "Ele nos conhece e nos ama. Se deixamos que o amor de Cristo mude nosso coração, então nós poderemos mudar o mundo. Esse é o segredo da autêntica felicidade", ressaltou o papa, que lançando mão ao nome da praça, da paz, voltou a invocá-la de novo em um país onde a violência por causa do narcotráfico fez nos últimos cinco anos cerca de 50 mil mortos.
O papa os exortou a ser "semeadores e mensageiros" da paz pela qual Cristo deu sua vida. Bento XVI manifestou que os cristãos não "respondem ao mal com o mal, mas são instrumentos do bem, arautos do perdão, portadores da alegria e servidores da unidade". O papa lembrou a figura dos beatos Cristóbal, Antonio e Juan, os "Meninos mártires de Tlaxcala", indígenas assassinados por suas famílias por abraçarem o cristianismo, dos quais disse que após conhecer Jesus, no tempo da primeira evangelização do México, descobriram que "não havia tesouro maior que ele".
O papa convidou as crianças a rezar continuamente, "também em casa", assegurando-lhes que ele rezará "para que o México seja um lar no qual todos seus filhos vivam com serenidade e harmonia". Terminado o encontro, retornou a León, onde está alojado. Neste domingo realizará uma missa no Parque do Bicentenário, aos pés da Colina do Cubilete, onde se ergue uma imagem gigante de Cristo Rei, considerada a segunda maior do mundo após o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
O Papa Bento XVI vestiu um sombreiro tipicamente mexicano durante a visita ao país
Foto: AP
Bento XVI é visto pela janela do helicóptero que o levou até o aeroporto
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Bento XVI acena ao embarcar no avião para uma viagem de seis dias ao México e à Cuba, no aeroporto internacional Fiumicino, em Roma. O principal objetivo do Papa ao cruzar o Atlântico é tentar reverter a perda de fiéis no México. Na última década, o percentual de católicos no país caiu de 88% da população, em 2000, para 83,9% no último censo
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Bento XVI é acompanhado pelo cardeal Tarcisio Bertone e pelo premiê italiano Mario Monti pouco antes de entrar no avião
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Bento XVI saúda público, com a primeira-dama mexicana, Margarita Zavala, ao lado, em estrutura montada no aeroporto de Guanajuato
Foto: AFP
Papa Bento XVI acena na sua chegada ao México; depois, sua segunda e última parada no tour latino é Cuba
Foto: AFP
Papa fala para mais de 600 mil fiéis que o receberam no estado de Guanajuato, no centro do México
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Foto: Terra
Praça da Revolução, em Santiago, Cuba, é preparada para receber o Papa, que inicia visita ao país na segunda-feira
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Papa Bento XVI celebra missa privada na capela do Colégio Miraflores, na cidade de León
Foto: Osservatore Romano / AFP
Bento XVI esteve em León, no México, neste sábado
Foto: Osservatore Romano / AFP
A celebração foi assistida por um grupo restrito de monges, cardeais, bispos e sacerdotes
Foto: Osservatore Romano / AFP
Religiosos vindos da Espanha, Portugal, Venezuela, Peru e Cabo Verde também acompanharam a missa
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Ao lado de arcebispo, Bento XVI observa aves no Colégio Miraflores, em León
Foto: Osservatore Romano / AFP
Papa Bento XVI reza em frente à imagem da Virgem de Guadalupe na capela do Colégio Miraflores, na cidade de León, em Guanajuato
Foto: Osservatore Romano / AFP
Pessoas observam imagens à venda do Papa Bento XVI em praço de León, no México
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Mulher e criança caminham ao lado de retrato do Papa em El Cobre, a 935 km de Havana; Bento XVI chega na segunda-feira em Cuba
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Em comitiva, Bento XVI deixa León em direção a Guanajuato, onde deve se reunir com o presidente Felipe Calderón
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O Papa Bento XVI discursou para milhares de crianças na sede do governo de Guanajuato
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24 de Março
Foto: Reprodução
Bento XVI chegou neste domingo à cidade mexicana de Silao
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Multidão saudou Bento XVI em Silao; o Papa chegou à cidade de helicóptero e utilizou o papamóvel
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Mexicana sorri durante passagem do papamóvel
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Milhares de pessoas passaram a noite em um acampamento instalado no parque na cidade para a cerimônia
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Missa campal reuniu mais de 300 mil fiéis no parque Bicentenário da cidade de Silao
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Durante a celebração, Bento XVI pediu à América Latina para que confiasse em "Cristo Rei" para buscar "paz e acordo"
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O Papa comparou a situação que vive a América Latina com as vicissitudes do povo hebreu relatada no Antigo Testamento
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Segundo Bento XVI, a Igreja da América Latina e do Caribe têm a necessidade de "confirmar, renovar e revitalizar" para superar o que chamou de "cansaço da fé"
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Após afirmar que o México e o continente vivem "momentos de dor e de esperança", Bento criticou o poder dos exércitos que submetem os demais pela força ou pela violência
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Bento XVI se prepara para iniciar missa na Praça Antonio Maceo de Santiago de Cuba
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O Papa é cumprimentado pelo presidente cubano, Raúl Castro, na chegada para missa em Santiago de Cuba
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Milhares de pessoas se aglomeram para acompanhar a missa do papa Bento XVI em Santiago de Cuba
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Papa Bento XVI é recebido pelo presidente cubano, Raúl Castro, no famoso Palácio da Revolução em Havana
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O Papa e o presidente cubano falam à multidão em Havana
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Raúl Castro recebe o papa Bento XVI para uma reunião a portas fechadas
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O Papa dá a Raúl Castro uma réplica do livro "Geografia", do astrônomo e geógrafo grego Ptolomeu
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O presidente cubano presenteia Bento XVI com uma escultura da Virgem da Caridade do Cobre
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O Papa anda de papamóvel antes de uma missa em Havana
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O papa Bento XVI acena para fiéis do papamóvel, em Havana, antes de celebrar uma missa na capital cubana
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O presidente cubano, Raúl Castro, cumprimenta autoridades antes da missa
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Equipe de seguranças acompanha o papamóvel levando Bento XVI
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Multidão vai à praça da Revolução, em Havana, para ver o papa Bento XVI rezar uma missa, a segunda de sua visita de dois dias a Cuba. O Pontífice foi recebido sob um sol radiante por milhares de pessoas. Em 1998, nesse mesmo lugar, na presença de Fidel Castro, João Paulo II - o primeiro Papa a visitar a ilha - celebrou uma histórica missa em que pediu que "Cuba se abra para o mundo para que o mundo se abra para Cuba"
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Bento XVI chega no papamóvel para celebrar a missa na Praça da Revolução
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O Papa celebra a missa para uma multidão de fiéis na capital cubana
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Milhares de pessoas tomam a praça da Revolução à espera do papa Bento XVI
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Papa celebra missa ao ar livre na praça da Revolução para milhares de fiéis. O ato encerra sua visita a Cuba. Bento XVI também passou pelo México em sua viagem pela América Latina
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Fidel Castro recebe o Papa Bento XVI, em Havana: encontro histórico
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Fidel Castro recebe o papa Bento XVI na capital cubana
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O encontro ocorre 14 anos após a reunião de Fidel com o papa João Paulo II
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O encontro começou após a missa oficiada pelo pontífice na praça da Revolução
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O ex-presidente de Cuba conversa com Bento XVI durante o encontro
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O papa Bento XVI se reúne com o ex-presidente cubano Fidel Castro em Havana, após rezar uma missa na praça da Revolução