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América Latina

Ban Ki-moon diz estar 'muito preocupado' com crise no Equador

30 set 2010 - 19h32
(atualizado às 20h09)
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O secretário-geral da ONU Ban Ki-moon se disse "muito preocupado" nesta quinta-feira com a situação no Equador e manifestou "seu apoio" ao governo. "O secretário-geral também está preocupado com o estado físico" do presidente Correa, acrescentou um porta-voz de Ban Ki-moon.

Presidente do Equador desafia manifestantes, veja:

Ele "pede a todos os atores que intensifiquem seus esforços para resolver a crise atual de forma pacífica, respeitando a lei", acrescentou. "Ele se une às tentativas da Organização dos Estados Americanos e de outros atores regionais de contribuir para uma solução próxima e construtiva", disse.

O governo equatoriano decretou nesta quinta-feira estado de exceção frente a uma rebelião de policiais e de um grupo de militares, enquanto o presidente Correa permanecia em um hospital policial de Quito, onde se refugiou depois de ter sido agredido com bombas de gás lacrimogêneo por uniformizados que protestavam contra uma lei que reduz seus benefícios.

Protestos

Os distúrbios registrados no Equador têm origem na recusa dos militares em aceitar uma reforma legal proposta pelo presidente Rafael Correa para reduzir os custos do Estado. As medidas preveem a eliminação de benefícios econômicos das tropas. Além disso, o presidente também considera a dissolução do Congresso, o que lhe permitiria governar por decreto até as próximas eleições, depois que membros do próprio partido de Correa, de esquerda, bloquearam no legislativo projetos do governante.

Isso fez com que centenas de agentes das forças de segurança do país saíssem às ruas da capital Quito para protestar. O aeroporto internacional chegou a ser fechado. No principal regimento da cidade, Correa tentou abafar o levante. Houve confusão, e o presidente foi agredido e atingido com bombas de gás. Correa precisou ser levado a um hospital para ser atendido. De lá, disse que há uma tentativa de golpe de Estado. Foi declarado estado de exceção no Equador - com militares convocados para garantir a segurança nas ruas. Mesmo assim, milhares de pessoas saíram às ruas da cidade para apoiar o presidente equatoriano.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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