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América Latina

Bachelet volta ao Chile e deve anunciar candidatura à presidência

Ex-presidente deixou a direção da ONU Mulheres e deve anunciar candidatura ao Palácio La Moneda nos próximos dias

27 mar 2013 - 09h02
(atualizado às 09h02)
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<p>Em 2010, após deixar a presidência, Bachelet foi nomeada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, diretora da recém criada ONU Mulheres</p>
Em 2010, após deixar a presidência, Bachelet foi nomeada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, diretora da recém criada ONU Mulheres
Foto: Reuters

A ex-presidente Michelle Bachelet volta ao Chile nesta quarta-feira em meio ao intenso debate político no país por causa das eleições presidenciais previstas para o próximo dia 17 de novembro. Provável representante da esquerda na disputa, Bachelet anunciou há duas semanas seu desligamento da coordenação da ONU Mulheres. Na ocasião, ela revelou que voltaria ao Chile, e o motivo seria informado “ainda em março”.

Bachelet, que governou o país de março de 2006 a março de 2010, ainda não anunciou se disputará o cargo novamente como representante da esquerdista aliança Concertación, mas fontes próximas à ex-presidente afirmaram ao jornal La Segunda que esse anúncio pode ser feito “horas após” o seu desembarque no Chile.

O Partido Socialista (PS) pretende promover um “grande ato” em El Bosque, na Grande Santiago, cujo prefeito pertence aos quadros da sigla. A ideia, de acordo com o jornal, é que Bachelet participe deste evento e receba o pedido formal de seus partidários para que seja a máxima representante da coligação nas eleições presidenciais.

Se for candidata, Michelle Bachelet enfrentará o ex-ministro da Mineração Laurence Golborne, que coordenou os trabalhos de resgate dos 33 mineiros soterrados no Atacama em 2011. Com o destaque internacional que ganhou com o caso, Golborne se transformou no principal nome do governo de Sebastián Piñera e, já que o atual presidente não pode se candidatar porque a Constituição do Chile não permite reeleição imediata, aceitou ser candidato.

Golborne enfrentará uma forte candidata, de acordo com os números. Ao deixar o governo, em março de 2010, Bachelet era aprovada por 80% dos chilenos. A popularidade da ex-presidente parece não ter sido afetada nem pela tentativa de imputação no caso do atraso no alerta do tsunami de 2010. Pesquisas divulgadas durante o ano passado dão larga vantagem à Bachelet diante do candidato governista.

A previsão é que Bachelet desembarque pela manhã e, ainda no aeroporto, mantenha uma rápida reunião sobre sua agenda política para os próximos dias.

Apoios na pré-campanha

Bachelet ainda nem anunciou oficialmente sua candidatura – apesar de ser consenso – e já acumula apoiadores importantes. O ex-presidente Eduardo Frei, por exemplo, previu que ela vencerá as eleições do fim deste ano. “Todo mundo fala dela, estão fazendo campanha e já pavimentaram o caminho”, disse Frei à agência EFE em Madri.

Ontem, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), o chileno José Miguel Insulza, manifestou alegria pela possível candidatura de Bachelet. “Eu acredito que Michelle volta para lançar uma alternativa muito clara à Presidência da República. E, para mim, é motivo de muita alegria”, disse.

Fonte: Terra
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