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América Latina

Auditoria das eleições venezuelanas ocorre sem registro de "inconsistências"

6 mai 2013 - 23h34
(atualizado em 7/5/2013 às 00h13)
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A auditoria das eleições presidenciais venezuelanas, que abrange as urnas não revisadas no dia 14 de abril, quando houve o pleito, foi iniciada nesta segunda-feira sem o registro de "inconsistências" até o momento, segundo fontes governistas ligadas ao processo.

"A ampliação da auditoria de verificação cidadã a 46% das mesas de votação está sendo realizadas sem inconsistências", informou à estatal Agência Venezuelana de Notícias (AVN) um dos técnicos participantes do processo pelo governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), José Villarroel.

Segundo Villarroel, nas primeiras 150 caixas revisadas nesta manhã não foram encontradas nenhuma inconsistência e "não faltou nenhum comprovante de voto".

A auditoria em questão está sendo realizada por 60 técnicos do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), 21 auditores externos, 15 técnicos do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e outros seis de outros partidos, com exceção da aliança opositora liderada pelo ex-candidato presidencial Henrique Capriles. No total, a medida deverá revisar 10,5 mil caixas de resguardo em prazo de 30 dias.

A ordem do CNE pela realização da auditoria veio após um pedido da oposição venezuelana, que não aceitou os resultados eleitorais que deram vitória ao governista Nicolás Maduro com pouco mais 225 mil votos (1,5%) de vantagem.

No entanto, o líder da oposição e ex-candidato à Presidência rejeitou o processo de auditoria ao confirmar que o processo não incluiria a revisão dos cadernos eleitorais, onde figuram as assinaturas dos eleitores e onde, segundo ele, se evidenciam as irregularidades do governo.

Na última quinta-feira, Capriles decidiu impugnar as eleições perante a Corte Suprema de Justiça (TSJ) e anunciou que amanhã encaminhará um novo documento com novas provas de irregularidades ao mesmo órgão.

Por outro lado, o governo venezuelano acusa Capriles de golpismo e ainda o responsabiliza pelos fatos de violência que foram registrados após os protestos levantados com a proclamação de Maduro como vencedor das eleições.

EFE   
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