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América Latina

Assembleia Geral da ONU voltará a condenar o embargo a Cuba

29 out 2013 - 00h19
(atualizado às 00h19)
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A Assembleia Geral das Nações Unidas voltará a condenar nesta terça-feira o embargo americano a Cuba desde 1962, um procedimento que se repete desde 1992.

O resultado do debate e da votação deve ser muito similar ao do ano passado, quando apenas Israel e Palau se uniram aos Estados Unidos ao votar contra a resolução, segundo anteciparam fontes diplomáticas nesta segunda-feira.

No ano passado, em uma votação que aconteceu em novembro, houve 188 votos a favor da resolução de condenação ao embargo e solicitação de sua suspensão, além de duas abstenções (Micronésia e Ilhas Marshall) e os citados três votos negativos.

A minuta que será discutida na Assembleia inclui, como é habitual, um relatório do secretário-geral com comentários de Estados-membros e dos organismos dependentes das Nações Unidas.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), por exemplo, indica que a situação na ilha caribenha durante o ano passado "foi similar à de exercícios anteriores", já que o embargo "afeta as relações econômicas externas de Cuba e seus efeitos podem ser observados em todas as esferas das atividades sociais e econômicas do país".

Este organismo assinala que, segundo cálculos oficiais, as perdas diretas e indiretas acumuladas pelo embargo desde 1962 até dezembro de 2011 totalizam US$ 108 bilhões. Também lembra que a medida americana limitou o acesso cubano a instituições financeiras internacionais, o que "reduziu a possibilidade de obter recursos" para os planos de desenvolvimento nacional ou local do país. O Pnud destaca também que "o modelo cubano de desenvolvimento está mudando".

Os Estados Unidos, que argumentam que o embargo é uma desculpa das autoridades cubanas para justificar a má situação econômica de seu país, se defenderam nos últimos anos com base nas medidas de abertura aprovadas pelo presidente Barack Obama.

EFE   
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