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América Latina

Argentina proíbe hospitais militares de atender repressores da ditadura

30 jul 2013 - 13h04
(atualizado às 13h24)
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O Ministério da Defesa da Argentina oficializou nesta terça-feira a decisão de proibir a hospitalização e o atendimento ambulatorial em centros médicos das Forças Armadas de ex-militares condenados ou processados em prisão preventiva. A medida, publicada nesta terça-feira no Diário Oficial, foi adotada após a fuga de dois condenados por crimes de lesa-humanidade e abrange todos "que tenham ou tenham tido situação militar".

Aordem também estabelece que "toda solicitação de caráter judicial de internação e/ou assistência médica" das pessoas incluídas na resolução "deverá ser comunicado imediatamente ao Ministério da Defesa para sua análise". Quem descumprir a notificação poderá ser multado com sanções administrativas e/ou disciplinares, especifica o documento.

No dia 25 de julho, o ex-major Jorge Olivera, condenado na província de San Juan à prisão perpétua por crimes de lesa-humanidade, e o ex-primeiro-tenente Gustavo De Marchi, condenado a 25 anos, escaparam quando iam receber atendimento médico no hospital militar central de Buenos Aires. Olivera, que era chefe de inteligência, esteve envolvido no sequestro e desaparecimento da modelo franco-argentina Marie Anne Erize Tiseau, em outubro de 1976.

O governo ofereceu uma recompensa de 2 milhões de pesos (R$ 823 mil) "às pessoas que trouxerem informações úteis que sejam determinantes para a detenção". Além disso, os ministérios argentinos da Justiça, da Defesa e da Saúde acordaram nesta segunda-feira criar uma comissão médica para investigar o histórico de saúde dos acusados, processados ou condenados por crimes de lesa-humanidade cometidos durante a última ditadura (1976-1983).

EFE   
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