Argentina pede calma à população diante da gripe suína
30 abr2009 - 11h36
(atualizado às 11h49)
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O chefe do gabinete do governo da Argentina, Sergio Massa, pediu nesta quinta calma à população alarmada pela gripe suína, ao ressaltar que no país há em estudo apenas quatro casos de possível contágio e remédios suficientes para enfrentar um foco da doença.
Massa destacou que o sistema de saúde argentino conta com um estoque de 500 mil doses de remédios contra o vírus da gripe, a que "nos próximos dias" se juntarão outras 110 mil doses.
"Isso permitirá, eventualmente, atender 610 mil tratamentos nos primeiros dias, com a ideia de continuar comprando" remédios, disse à emissora Rádio Dez de Buenos Aires.
De qualquer modo, recomendou "prestar muita atenção" a qualquer sintoma da doença, considerando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o nível de alerta para cinco, o que significa que se está à beira de uma pandemia.
O chefe do gabinete ratificou que, no país, "foram descartados 21 casos suspeitos de gripe suína, e há apenas quatro em estudo".
As autoridades argentinas estão dispostas a fazer "todos os esforços orçamentários e políticos necessários" para evitar que a doença se instale neste país, disse, ao defender a decisão de proibir até a próxima segunda-feira os voos com origem e destino ao México.
A ministra da Saúde argentina, Graciela Ocaña, destacou que "todo o sistema sanitário foi colocado em alerta", porque a ameaça da gripe suína "é muito mais grave" no hemisfério sul, devido à chegada próxima do inverno.
A Argentina está em alerta sanitário desde sexta-feira passada e, na terça-feira, ditou a proibição aos voos ao México dentro de uma série de medidas de prevenção, que incluem controles nos aeroportos e nas importações de porcos e alimentos com carne suína.
Gripe Suína
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a gripe suína é causada por uma variante do vírus influenza tipo A, que porta a designação H1N1. O órgão aumentou o nível de alerta para cinco (pandemia iminente) em uma escala que vai até seis. O temor é de que nova mutação torne os humanos incapazes de combater a doença, por falta de anticorpos.
A gripe suína teria matado mais de 150 pessoas no México, país mais afetado pelo surto, onde cerca de 2 mil pessoas estariam infectadas. No entanto, autoridades sanitárias do país confirmaram apenas 99 casos e 8 mortes relacionadas ao vírus AH1N1.
Nos EUA, até o momento foram confirmados 91 casos de pessoas com gripe suína; uma morreu. Há duas pessoas com suspeita de contaminação no Brasil, e outras 36 são monitoradas pelo Ministério da Saúde.