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América Latina

Argentina: Kirchner irá testemunhar sobre morte do promotor

O caso tem sido tratado como "morte suspeita" e não estão descartadas as possibilidades de suicídio, suicídio induzido ou assassinato

28 jan 2015 - 15h12
(atualizado às 15h58)
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<p>Morte do promotor ocorreu quatro dias depois de ele denunciar Kirchner (foto) e o chanceler Héctor Timerman de tentar "encobrir" acusados em atentado</p>
Morte do promotor ocorreu quatro dias depois de ele denunciar Kirchner (foto) e o chanceler Héctor Timerman de tentar "encobrir" acusados em atentado
Foto: Agencia Reforma

Maximiliano Rusconi, advogado de Diego Lagomarsino, o único indiciado na investigação da morte do promotor Alberto Nisman, informou nesta quarta-feira que pedirá que a presidente Cristina Kirchner seja chamada para testemunhar.

"Eu vou sugerir que Cristina Fernandez (Kirchner) e Aníbal Fernández (secretário-geral da presidência), já que os dois têm tantas informações, a se apresentarem como testemunhas", disse Rusconi à rádio Mitre.

A presidente e o secretário divulgaram nos últimos dias informações relacionadas a Lagomarsino, o colaborador de Nisman que forneceu a ele a pistola calibre 22 de onde partiu o tiro que o matou no domingo, dia 18.

Kirchner dissolve Inteligência após morte de promotor:

O caso tem sido tratado como "morte suspeita" e não estão descartadas as possibilidades de suicídio, suicídio induzido ou assassinato, de acordo com a procuradora Viviana Fein.

Lagomarsino, um técnico de informática, foi a última pessoa a ver o promotor vivo e está proibido de sair do país. O Ministério Público pediu a sua detenção.

"Tivemos uma reunião com a procuradora. Ainda não há a decisão de chamar para interrogatório meu cliente", indicou Rusconi a repórteres.

Segundo o advogado, não seria crime entregar uma arma a pedido de uma pessoa. "Justifica-se em caso de defesa", argumentou.

Lagomarsino planeja dar uma coletiva de imprensa com Rusconi esta tarde.

Nisman foi encontrado morto na noite de 18 de janeiro em seu apartamento no bairro de Puerto Madero, em Buenos Aires.

Sua morte ocorreu quatro dias depois de ele denunciar a presidente Kirchner e o chanceler Héctor Timerman de tentar "encobrir" os acusados iranianos no atentado à AMIA, o maior ataque terrorista na Argentina, que deixou 85 mortos e 300 feridos.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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